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Um mercado que não existe

É o Mercosul. Primeiro, uma dica: se vocês acham o dulce de leche uruguaio bom, não batam o martelo antes de provar o argentino. Para mim, é até superior. Lembro de um chamado La Casa Negra, fenomenal.

Voltando à vaca fria, os embutidos argentinos são maravilhosos. Não sei se conhecem o presunto (pernil) Pata Negra, encontrável nas boas casas do ramo de Porto Alegre. É um porco engordado com um tipo especial de nozes e raízes pelos portugueses e processado pelos espanhóis por anos, uma década até.

O preço depende da qualidade e tempo de maturação. Ou seja, pode passar dos US$ 1 mil. Para poucos, concordo, mas é de comer ajoelhado.

www.brde.com.br

Mas tem que ir lá e comer no local. Não pode trazer na mala ou no carro.

Onde estás, Conaprole?

O ponto é o seguinte. Logo depois do Plano Real, o Uruguai nos vendia os queijos Conaprole, sendo que o do tipo Cremoso dava de relho nos nossos.

Depois o produto sumiu das prateleiras. E, quando vinha, era o comum, não o cremoso. Então me digam cá uma coisa: qual o sentido de se chamar de mercado comum, um acordo em que nós não podemos comprar produtos dos hermanos. Sai dessa, malandro.

Os reservistas de mercado

Tanto em Libres, no lado argentino, Uruguaiana, quanto em Artigas, Uruguai, existem à venda bons produtos alimentícios. Especialmente queijos, embutidos e carnes mais o inevitável dulce de leche.

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Mas sempre havia um problema sanitário colocado – por que não estou surpreso? – pelas autoridades brasileiras. Conversa. Era e ainda é para manter reserva de mercado para nossos produtos.

Cada um, cada um

Cada época define as pessoas com problemas mentais ao seu modo. No passado, dizia-se de pessoas com leves oscilações do juízo perfeito como a que tinha “macaquinhos no sótão”. E me diga uma coisa: você não acha que é cada vez maior o número de pessoas fora da casinha que se vê nas ruas?

Já é um progresso

Digam o que disserem, a humanidade evoluiu muito na última década. Pelo menos ninguém mais me pede encarecidamente para divulgar Nhoque da Sorte beneficente. Talvez porque a sorte anda sumida ultimamente.

https://cnabrasil.org.br/senar

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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