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O remédio do seu Henri

Quem já não usou as Pastilhas Valda para terminar com dor de garganta? O produto vende mais de 100 produtos diferentes, produzidos pela Cannone do Brasil. Mas a história da sua criação é supimpa.

Foi inventada pelo farmacêutico Henri Canonne, que as vendia nas estações de trem de Paris, no final do século XIX início do século XX. Henri achava acertadamente que a porta para infecções era a garganta.

O curioso é que Valda era um nome de mulher muito comum nos países germânicos. Então Henri batizou sua pastilha de Valda – nome associado a poder, força.

Na farmacinha de casa, sempre tem uma latinha de pastilha Valda. Quando eu era pequeno minha mãe me dava pastilha Valda caso o gargarejo com água quente saturada com sal iodado não resolvesse. Creia-me que o gargarejo com essa mistura não falha nunca. Minha amigdalite sumiu com esse processo, e uma gengivite que infernizou minha vida por três dias no internato do Colégio São Jacó em 1959, hoje campus Feevale em Hamburgo Velho.

Faço justiça a quem me receitou esse “tratamento”, um irmão marista chamado Nilo, que conhecia ervas e tinha uma para cada doença. Mas gargarejar com água quente na rua é complicado. Então, vamos de Valda.

Provisoriamente.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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