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Tecnologia mal educada

Quando se responde um e-mail para alguém, a idiota IA, Inteligência Artificial, coloca um lembrete antes que se comece o texto: “Quero ajuda para escrever Alt H”. Não, cretina, não sou analfabeto. Aos poucos, mensagens parecidas são colocadas à nossa frente como se fôssemos idiotas.

O pequena Mariluz

Veraniei na praia de Mariluz no Litoral Norte do RS quando tinha 13 anos. O nome vem do loteador, Omar Luz.  Só existia o hotel de mesmo nome e cinco chalés.

Para chegar lá era preciso ter espírito de aventura. Pouco depois da ponte sobre o Rio Tramandaí, o calçamento terminava. Para continuar, sem atolar na areia fofa, os carros passavam por uma esteira de madeira.

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Depois só pela beira da praia ou um tortuoso e longo trajeto entre as fazendas da região. Não existia a Interpraias.

Esta alternativa era usada quando o mar bebia muito e estava de ressaca. Lembro que havia várias cancelas. Outra lembrança foi de um ônibus cujo motorista se aproximou muito do mar bem na hora que veio uma onda descomunal e o ergueu para, depois, depositá-lo suavemente na areia. 

Quando se é piá, tudo é festa. No entanto, depois de comer a mesma comida no hotel por uma semana, a coisa ficava desagradável.

Uma única guarita de madeira era ocupada pelo salva-vidas, que alguém que não tinha mais nada para fazer rebatizou para guarda-vidas. A Humanidade pode ser cretina quando quer.

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O único divertimento era passear entre as dunas ou visitar Santa Teresinha a um quilômetro. Cabanas sobre palafitas e diversão só para os adultos.

Eu me apaixonei por uma delas. Mas a desnaturada ignorou meus olhares súplices e destroçou meu coração. Por algumas horas apenas, é verdade.

A nostalgia é privilégio dos mais velhos e, como quase todos, confesso que sou um. Tenho saudades dos meus verdes anos, quando as coisas eram menos complicadas.

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Sim, eu sei que as tecnologias modernas nos ajudam. Mas, quando passam do ponto, mais irritam que resolvem. Por isso, os tempos de veraneio no Litoral gaúcho deixaram saudades. A viagem até Tramandaí era metade do prazer.

Sonho meu

Sem Freeway, a rodovia começava em Gravataí. E quase todos os veranistas com colchões, cobertores e até móveis amarrados no teto dos pequenos carros faziam duas paradas antes de chegar em Osório. A primeira era em Glorinha, terra de pães maravilhosos. A segunda, em Santo Antônio da Patrulha, com seus enormes e imbatíveis sonhos.  

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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