O avanço na criminalidade na Bahia é de tal ordem que até a Justiça Federal suspendeu a atividade presencial, após pichações e ameaças. O curioso é que a grande mídia nem se debruça sobre esse quadro terrível.

Não é de hoje. Talvez por isso nos acostumamos ao desastre em evolução. Parece que, para o resto do Brasil – fora outros estados nordestinos em que a situação é crítica – está tudo bem, obrigado.
O carnaval está aí e estamos no melhor dos mundos. Até parece.
Caça ao dinheiro
É o sentimento que move o mundo. Excetuando os que buscam empregos e salários melhores, para a sobrevivência, o resto envereda por uma loucura para ter mais e cada vez mais.

Não basta ter muito, é preciso aumentar o bolo de uma forma ou outra. Nunca um bilionário diz ” chega”.
Isso explica a corrupção que reina em todas as camadas da sociedade e a saída pelo crime. E se for preciso atropelar alguém que está no caminho, atropele-se.
No passado, o metal ícone da riqueza foi o ouro. Desde a antiguidade, metais como prata eram alvo da cobiça dos conquistadores. Pedras preciosas idem.
Observe alguém chegar com uma joia brilhante e dizer que é diamante e veja a reação do outro. Só que na era atual essa obsessão chegou a um nível jamais visto na história humana.

A única mudança no valor do ouro é sua serventia em equipamentos eletrônico e médicos. É um fetiche sim. Mas há também o fato de que este metal não pode ser destruído por nenhuma substância, salvo a liberada pela vitória régia, que precisa ser fabricado.
Por isso, não existe “ouro velho”, como alguns espertalhões tentam vender a ideia para pagar preço mais baixo. O que baixa o preço são as ligas, porque quase nenhuma é ouro puro 99,99%.
Até porque neste estado de pureza ele é maleável. Então, os garimpeiros do velho oeste o mordiam. Há também o ouro de tolo, que não vale nada por ser de ligas que o fazem reluzir.
É a cabeça, meu irmão
Quando se diz que todo mundo está louco não é mais força de expressão. A caminhada insana rumo ao caos não tem freios.

Repito o que já disse aqui: cidades pequenas, por favor continuem pequenas. Primeiro vocês pedem asfalto, depois pedem quebra-molas.
“O supérfluo do rico é o emprego do pobre.”
Pensamento do Dias