Quando pobre bebe cachaça é cachaceiro. Quando rico bebe a mesma cachaça, mas que custa mais de mil reais, é apreciador. A diferença entre ricos e pobres não se limita à renda, dá-se também nos conceitos e – por que não dizer? – nas hipocrisias, que é o caso acima.
Quando famílias abonadas entram em disputa por dinheiro é litígio. Quando são pobres, é barraco.
Sempre digo aqui que o que falta para as nossas elites, inclusive políticos bem postos em Brasília, é conversa de bar, no sentido metafórico da expressão. Falei na cachaça porque hoje se comemora o seu dia.
Nos antigamentes, havia duas coisas que envergonhavam um sujeito, ser chamado de cachaceiro ou maconheiro. Hoje, fumar maconha dá status, porque rico também dá “uns tapas” na outrora chamada erva maldita.
A tal conversa
Essa falta de conversa de bar leva a equívocos monumentais. Um caso recente: três empresas de grande porte se reuniram e doaram casas para uma vila que sofreu com a enchente.
O nome da operação é Favela 3D. Minha gente, tudo o que vileiro ou favelado não quer ouvir é que ele mora em favela. Favela é humilhação com ou sem 3D.
De novo, faltou alguém dizer a eles – louvo a iniciativa, mas não o nome – que tem que ser outro nome. Quem vos fala é alguém que sabe como vileiro (que já virou ofensa…) ou favelado se sente.
A diferença é que, antes do tráfico tomar conta, eu já comi carreteiro em favela, já fui padrinho de batismo de filha de vileiro. Nos meus verdes anos, até recolhi – por algum tempo – jogo do bicho no Mato Sampaio, hoje Vila Bom Jesus.
A debutante da vila
Recordo de um motorista da ZH do início dos anos 1970, o Ataliba, que me pediu para ir no aniversário de 15 anos da sua filha. Claro que fui.
Vocês não têm ideia da alegria do Ataliba, e como ele me apresentou para a filha, a família e a vizinhança de uma vila pobre no bairro Partenon. Fez muito bem para minha alma e certamente para a deles também. Dinheiro nenhum compra esse sentimento. Nenhum.
A maldição das drogas
Quando o tráfico tomou conta, a pior praga dos nossos tempos, porque destrói famílias e comunidades inteiras, tudo mudou para pior. Lembram da expressão “pobre, mas limpinho”? Pois ainda é assim pelo menos.
Pobre gosta de se arrumar, e as garotas sabem combinar. Coisa que as mais velhas nem sempre fazem, até por falta de dinheiro. Claro que tem muita breguice. No entanto, a vontade foi a de acertar. Não estou absolvendo todos, mas a hipocrisia me revolta.
O banho diário
Falei em limpinho. Uma das coisas admiráveis para nós brasileiros é que ele não abre mão do chuveiro diário. A gurizada, bem, a gurizada não é muito boa neste aspecto, pelo menos parte.
Certa vez, conversei com um francês que morou aqui e ele se disse surpreso que nós tomássemos banho todos os dias. Pois é, disse eu, essa é uma grande verdade.
Banrisul 96 anos
Os encontros com a imprensa do Banrisul sempre contam com presença maciça dos jornalistas. Pode ter igual, mas não superior. O presidente Fernando Lemos se desdobra em dar entrevistas especialmente no desempenho do banco junto aos atingidos pela enchente. E há novidades no atendimento.
Tradição aliada à ousadia e modernidade
A troca de chapéus entre a cantora gaúcha Luísa Sonza e o presidente do Banrisul, Fernando Lemos, é simbólica. O registro foi feito na Expointer, poucos dias após a artista gaúcha – nascida em Tuparendi – ser confirmada como nova garota propaganda do Banco.
A imagem só foi revelada por Lemos depois do lançamento oficial da campanha estrelada pela cantora, na última quinta-feira (12). Na oportunidade, a instituição apresentou ao público uma série de produtos e serviços
Velhinhos em forma
Acontece das 16h às 19h, o Veteran Car, organizado em parceria com o Shopping TOTAL, com entrada franca. O Veteran Car reunirá a consagrada exposição de carros clássicos de sócios (30 anos ou mais).