O Pedruva, apelido dado ao engenheiro aposentado do DAER Pedro Magagewsky, polaco da Vila Áurea, na época distrito de Erechim, não era muito de comprar roupa nova. Usava quase sempre um paletó cinza, que provavelmente era branco quando fora confeccionado, talvez da época da Guerra da Crimeia. Como todo polaco, trocava o “ão” pelo “om”, como os alemães.Seu
Gasparotto, pai do meu amigo Paulo Raymundo, vendia cortes do Dab Dab finos, em tempos de seca financeira. Um dia, o Pedruva entrava no Bar Pelotense, e o velho Eugênio saía, quase se chocaram. Estava à procura do polaco.
– Pedro, estou vendo que precisas de um capotão marrom para enfrentar o frio. Tenho um pano de primeira para te vender.
O Pedruva deu de ombros.
– Capotom marrão non, io já tenho um.