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Os tantãs e os sóbrios

Tenho dividido a era em que vivemos no Rio Grande do Sul entre A.E. (antes da enchente) e D.E. (depois da enchente). É notável o comportamento social e individual entre estas duas eras.

Ocorre que este marco divisor pode ser exclusividade gaúcha. No entanto, o Brasil em geral também está mudando, e parte já mudou o comportamento.

Para resumir o que penso, coloco dois fatos: a aceleração de novas tecnologias na área da informação e conhecimento, especialmente a IA (Inteligência Artificial). Posso ser um ente do passado. Mas, até onde me vejo por dentro, mantenho a sensação de que a loucura como a definida avançou a passos rápidos. A tal ponto que a Humanidade tropeça nas próprias pernas.

Os normais e os nem tanto

Uma boa referência que curto há décadas é isolar o número de pessoas que caminham nas ruas falando frases sem sentido, claramente afetadas de alguma forma. Antigamente, eram chamados maluquinhos ou tantãs.

Para cada um deles havia uma multidão “normal”, digamos assim. Entretanto, hoje, você tropeça neles a cada minuto.

Não estamos sós

Acontece que malucos não são os que falam sozinhos. A ânsia de criar novas fontes de lazer deixou e segue deixando um monte de seres humanos lelés da cuca, como dizia Jô Soares no programa Viva o Gordo.

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Como a loucura é contagiosa, dá para dizer que é muito difícil manter a serenidade hoje em dia. Você vê isso nas relações sociais e familiares.

Só quem escapa dela é quem não lida com internet, nem usa redes sociais e televisão. Uma vez dentro, é o primeiro estágio para atingir a loucura plena, variante Novo Milênio.

A saída do planeta Terra

Há um milhar de anos, os habitantes de uma das ilhas que hoje chamamos de Taiti ficaram curiosos ao avistar, com regularidade, aves migratórias dirigindo-se sempre para a mesma direção. Como em todas as suas incursões marítimas com suas frágeis canoas nunca tinham avistado terra, somaram dois mais dois e concluíram que os pássaros não fariam essa longa viagem se não soubessem que haveria terra firme em algum ponto à frente. Ou seja, o que eles queriam muito conhecer e nela se estabelecer.

O rumo dos pássaros

Então montaram uma estratégia. Cada vez que avistavam essas aves no horizonte, os taitianos embarcavam nas suas canoas a remo para ir na mesma direção.

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Óbvio que os pássaros iam mais rápido. Então, os nativos marcavam o ponto do último encontro e esperavam a próxima leva das aves.

E assim foi, ano após ano, década após década. Ninguém sabe quanto tempo levaram. Mas estima-se que foi mais de um século até que, sempre seguindo as aves, descobriram e povoaram o Havaí.

Baldeação para Marte

O que está descrito acima vale para os dias que correm. Não à toa que a China, o Japão e países ocidentais estão lançando foguetes e mais foguetes para pousar na Lua, com o objetivo explícito de fazer “baldeação” para outros planetas. Resumo bem resumido: todos sabem que, mais dia menos dia, a Terra não será mais habitável para seres humanos.

De Colombo a Cabral

Foi esse também o pensamento nas Grandes Navegações do século XV e XVI. Espanhóis, portugueses e italianos saíram em casquinhas de noz à vela para achar novas terras, novos mundos e novas riquezas. A história se repete. Mas, desta vez, é a sobrevivência da raça humana que está comprometida.

Sob nova direção 

O industrial Claudio Bier toma posse na presidência do Sistema FIERGS, nesta quinta-feira (18), em cerimônia no Centro de Exposições da entidade, às 19h. Junto com Bier assumem as diretorias da Federação e do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS/CIERGS) para a gestão 2024/2027.

Diretor-presidente do Grupo Masal SA, Claudio Bier, 81anos, ocupa  uma das vice-presidências da FIERGS e exerce mandato como presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers).

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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