Em 1967, o jornalista Emil Farhat escreveu um livro com o título dessa nota. Já na época, Farhat enxergava uma Nação dirigida para essa plebe ignara convicta que o Governo deveria sustentá-los de cabo a rabo.
O coitadinho é embalado em carrinho de nenê por toda a vida. Um exemplo clássico é na minha cidade, Porto Alegre, na qual cerca de 40% dos passageiros não pagam passagem por um motivo ou outro. Outro exemplo clássico é o comércio informal, que tira empregos, não paga impostos e leva ao fechamento o comércio legal.
Nada leva a crer que a cultura oficial do coitadismo vá mudar, ao contrário. Já foi escrito por mim e muita gente boa que a Carta de 1988 é uma das culpadas. Pois só previu direitos sem deveres.
Verdade, mas antes da Constituição Colcha de Retalhos essa cultura já existia e turbinada cada vez mais. Para dizer a grande verdade, o governo é reflexo dessa situação.
Somos um povo fraco, uma sociedade fraca, chegamos ao ponto em que todos querem tudo de graça, culpa da Constituição de 1988 que só previu direitos e nenhum dever. Queremos ar condicionado nos ônibus urbanos. Entretanto, não queremos pagar por ele.
Em certa época, eu escrevi que, de coitadismo em coitadismo, estamos formando uma nação de frouxos. Melhor dizendo, já formamos.