…pra Expointer/agora eu vou. Lembra dessa musiquinha que se cantava nos folguedos infantis dos anos 1950? Pois a adaptei para uma visita ao Parque de Exposições de Esteio, onde está a maior festa gaúcha, sucesso de expositores de toda sorte de animais e de público.
Como em toda festa, há congestionamento de carros, vans, carrinhos elétricos e povo circulando pelas estreitas ruelas. Neste ano, não temos o trem, cujos trilhos foram engolfados pelas águas da enchente. Então, é maior o número de carros particulares.
O trânsito a Deus pertence
A expedição começa em Porto Alegre. Dependendo do trânsito, leva 20/25 minutos. Entretanto, nas horas de pique, só Deus sabe o tempo. Então fui com a van do Jornal do Comércio para o almoço do Banrisul com a imprensa.
É tradicional esse encontro. Sempre aguardado por todos nós. O presidente da instituição, Fernando Lemos, discorreu sobre os desafios que nos esperam. Abordou certos ângulos que os civis não conhecem.
Para se ter uma ideia do impacto nos solos agricultáveis, o banco disponibilizou um bilhão de reais apenas para a recuperação dos solos antes férteis. Ao falar sobre 2025, Lemos destacou que, a partir dele, a população começa a diminuir.
Azar de uns, sorte de outros
Há detalhes outros que levam a acreditar que a economia vai desacelerar ano que vem. Começa que os tomadores de empréstimos de agora não vão repetir a dose em 2025; quem comprou carro porque o perdeu na enchente não vai comprar de novo.
Ora, veículos e construções geram uma enorme cadeia de indústrias e serviços a eles vinculados, com impacto no PIB. Eu acrescento mais um detalhe: o êxodo de gaúchos e empresas rumo a um estado mais seco e até mais amistoso, como Santa Catarina. É ele quem vai crescer graças à nossa enchente.
Outro congestionamento
Quem conheceu as feiras de anos passados concorda que a Expointer de 2024 parece não ter perdido público e movimento geral. Há congestionamentos internos tanto de automóveis, furgões e vans. Já a falta do Trensurb foi muito sentida pelo público em geral. Talvez por isso a impressão é que tem muito mais veículos circulando nas ruelas estreitas com carros estacionados dos dois lados.
Em certos trechos, os motoristas tiram “fininho”. É preciso ter prática, habilidade, paciência – e bons retrovisores.
Fim da expedição
Saímos na mesma van às 14h32min. Levamos exatos 20 minutos até chegar a Porto Alegre. Isso é um recorde. Em tempos normais seria pelo menos o dobro. No fim tudo dá certo e se não deu certo é porque não chegou ao fim.
Do pessimismo ao otimismo
Comemorativa aos 50 anos do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Caxias do Sul, a RA (reunião-almoço) da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias) desta segunda-feira (26) girou em torno do tema da reconstrução do Rio Grande do Sul pós-enchentes e do papel do empreendedorismo nesse processo. “O grande desafio é a velocidade para recuperar e reconstruir o estado mais rápido e de forma sustentável para o futuro”, declarou o vice-presidente do Conselho de Administração da Gerdau, André Bier Gerdau Johannpeter, palestrante do evento.
Johannpeter reiterou que, apesar das diversas iniciativas em andamento – incluindo aportes financeiros dos governos federal, estadual e municipais –, o maior desafio reside na velocidade com que o estado conseguirá se reerguer de forma sustentável para o futuro depois de ter sido duramente afetado pelas chuvas. “Já fui bem mais pessimista”, admitiu, mas hoje acredita que com união, uma boa governança e visão de futuro o estado será capaz de se levantar ainda mais forte.