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O caso do PM duplo

Ainda sobre as falsificações. Nos anos 1970, quando uma das poucas que se falsificava era uísque e vinho, um funcionário de lancheria na rua Duque de Caxias de Porto Alegre próxima à Praça do Portão observou a faina de guinchar carros mal estacionados cedo de manhã, com ajuda de PMs – não havia fiscais de trânsito na época.

Também viu que com tanto estardalhaço, os proprietários dos automóveis que moravam nos prédios adjacentes desciam para tentar evitar a remoção.

Ele também observou que alguns envelopes misteriosos saíam das mãos do dono e iam para um PM. Como a transferência era muito caradura, foi conferir. Voltou para o trabalho e disse que os brigadianos eram frios. O patrão duvidou.

– Como é que você sabe?

– Fácil. No capacete estava escrito 9º BPM e nas ombreiras se lia 1º BPM.  

Acionada, a Brigada Militar chegou, constatou que o PM era falso e o levou em cana.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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