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O mundo das falsificações

Como no Brasil se falsifica até produto falsificado, convém abrir o olho ao comprar Gatorade. O legítimo tem uma proteção de alumínio depois de abrir a tampa, difícil de substituir. Além disso, a embalagem é pintada e não um cinto plástico como no isotônico legítimo.

Até o Facebook entrou na mira dos golpistas. Uma mensagem assinada por um nome feminino difícil de guardar alerta o usuário que ele infringiu as regras e dá 24 horas para evitar que ele saia do ar. E fornece um endereço. Clicou, morreu.

O Brasil de cabeça para baixo

Vamos supor que o país seja como uma piscina, com a economia real acima da lâmina de água. Já o que fica abaixo dela seja o universo dos malfeitos, incluindo crime organizado, contrabando, falsificações, prataria e tudo mais que convencionamos chamar de baixo mundo.

www.brde.com.br

Pois hoje quem está  fora da água é ele, e os pacatos cidadãos e instituições ficam na de baixo. Falta pouco para sermos invisíveis.

Os mecanismos de controle são falhos, o crime não é combatido como deveria. E então tudo isso é embrulhado pelo cobertor da corrupção. O mundo legal é minoria.  

Devagar, quase parando

Nunca vi uma campanha de segundo turno ser tão apagada como a de Porto Alegre. Mesmo que um candidato esteja na frente nas pesquisas, era comum que o segundo partisse para a briga com mais vigor.

Agora se diz que figurões do PT vem ajudar sua candidata. No entanto, sempre tive minhas dúvidas se isso funciona. Transferência de votos é algo complicado.

Se não, vejamos. Para a maioria dos eleitores estes figurões não dizem nada por um raciocínio elementar: não vão ser eles que ajudarão o candidato a administrar a cidade. Como estamos na reta final da reta final, sempre pode surgir o senhor Imponderável para uma festa que ele não foi convidado.

Carne bancária

Há um rumor dando conta que o complexo brasileiro JBS, maior grupo de proteína animal do mundo estaria de olho no Bradesco. Bala os irmãos Batista têm, não tenham dúvida.

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Atualmente, o controle acionário é exercido pelas herdeiras do fundador do banco, Amador Aguiar. Depois que inventaram a debulhadeira de milho não duvido de mais nada.

Lendas do seu Amador

Amador Aguiar foi um banqueiro sui generis. Por isso, surgiram várias lendas a seu respeito, algumas verdadeiras.

Ele detestava ternos marrons e proibia que os executivos usassem essa cor. Não usava meias, outra mania.

Mas a melhor história é a dos cabeludos. O complexo Bradesco ficava numa área que ele batizou de Cidade de Deus, posto que era muito católico.

Estabeleceu que nenhum cabeludo podia passar debaixo do pórtico. Até que, um dia, deu pane no computador da época, falha difícil de ser corrigida.

https://cnabrasil.org.br/senar

Então chamaram um especialista. Acontece que o engenheiro que sabia das coisas era cabeludo, uma vasta melena a cobrir sua cabeça.

Mas a portaria ficou indecisa, o seu Amador não gostava deles. Solução: embarcaram o cara em um helicóptero que sobrevoou o pórtico e o deixou na porta do prédio.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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