Pular carnaval era programa obrigatório nos clubes sociais dos anos 1960. Naquele tempo, ser sócio de um deles era a linha divisória entre a classe média e as debaixo delas.
Nas cidades do interior essa condição era maior ainda. No entanto, o conceito de classe média era menos elástico que hoje.
No governo da dona Dilma, o IBGE dizia que quem ganhava R$ 3 mil era da classe média alta. Misericórdia, Jesus. Foi muita forçação de barra para elevar a autoestima dos quase pobres.

Esta imagem mostra uma mesa do Clube Riograndense de Montenegro por volta de 1962/63. Todos eram meus amigos, e cumpriam o destino de baixar champanhe (espumante) ou uísque, rachado entre o grupo porque o custo era alto.
Muito vivi esse tempo. Pular carnaval não exigia que você fosse pé-de-valsa, exímio dançarino. Era só pular e erguer os dois indicadores para cima. Assim, a missão era cumprida.
“Tem gente que nasceu para ser atirador de elite e tem outros que nasceram para ser placa de tiro ao alvo.”
Pensamento do Dias