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No tempo em que pulávamos

Pular carnaval era programa obrigatório nos clubes sociais dos anos 1960. Naquele tempo, ser sócio de um deles era a linha divisória entre a classe média e as debaixo delas.

Nas cidades do interior essa condição era maior ainda. No entanto, o conceito de classe média era menos elástico que hoje.

No governo da dona Dilma, o IBGE dizia que quem ganhava R$ 3 mil era da classe média alta. Misericórdia, Jesus. Foi muita forçação de barra para elevar a autoestima dos quase pobres.

Arquivo Pessoal

Esta imagem mostra uma mesa do Clube Riograndense de Montenegro por volta de 1962/63. Todos eram meus amigos, e cumpriam o destino de baixar champanhe (espumante) ou uísque, rachado entre o grupo porque o custo era alto.

Muito vivi esse tempo. Pular carnaval não exigia que você fosse pé-de-valsa, exímio dançarino. Era só pular e erguer os dois indicadores para cima. Assim, a missão era cumprida.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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