O dono de uma churrascaria pelo sistema rodízio de Porto Alegre explicou que ele precisa comprar 1,6 Kg para cada cliente. Mesmo que, em média, o consumo gire em torno de 250/300 gramas por pessoa.

Parece exagero, mas não é. Começa que o peso precisa ser desbastado das gorduras e pelancas. Depois é refrigerado, o que retira água. E retira mais ainda quando vai para o espeto.
Na ponta do espeto
Na hora de servir, ninguém quer comer pontas do espeto. E aí se acelera o desperdício, porque a maior parte dos consumidores deixa parte da carne escolhida por outras que o garçom apresenta.

Verdade que a pressa dos garçons em enfiar espeto no prato colabora. E aí troca de prato e o desperdício recomeça.
Aliás, não é só em restaurante, em casa também há desperdício. Quando eu era pequeno era pecado deixar comida no prato. Isso era comum nas colônias alemã e italiana.
Os Albrecht
Apenas para registro, o vereador eleito de Porto Alegre Tiago Albrecht não é meu parente. Nada contra ele, bem pelo contrário.

Mas os vários Albrecht que existem no Rio Grande do Sul são quinta geração, ao passo que meu pai veio da Alemanha em 1920. Então, eu sou a primeira. Primos irmãos no Brasil só tive dois, já falecidos, Siegfried e Günther Albrecht e seus descendentes.
A Pátria de chuteiras
Jovens jogadores da Praça da Encol de Porto Alegre estão pedindo dinheiro aos frequentadores para comprar chuteiras. Isso porque pretendem seguir a carreira.
Que fiquem conscientes: segundo um levantamento produzido pela CBF em 2019, de todos os cerca de 90 mil jogadores profissionais registrados no Brasil, 55% ganham menos de R$ 1 mil mensais. Apenas algumas centenas, se tanto, ganham o salário que a rapaziada julga receber como profissionais vindouros.
Em outros tempos, a gurizada fazia de tudo para entrar na universidade ou se qualificar para alguma profissão. O sonho de ser jogador era para os muito pobres do futebol de várzea.
Hoje, a selva de cimento e vidro terminou com a várzea. Talvez por isso tenhamos um futebol tão pobre comparado com outras épocas.
Asinus asinum fricat
Expressão latina um burro coça outro burro. Diz-se de pessoas sem merecimento que se elogiam mutuamente e com exagero. Cada vez que recordo-me dela, lembro de políticos.

Poeta Gregório de Matos, O definitivo:
O amor é finalmente
Um embaraço de pernas,
Uma união de barrigas,
Um breve tremor de artérias
Uma confusão de bocas,
Uma batalha de veias,
Um reboliço de ancas,
Quem diz outra coisa é besta.
Definições definitivas I
Do jornalista Flávio Dutra: “Alguns partidos me lembram o programa Pequenas Empresas, Grandes Negócios”.
Definições definitivas II
Do ex-ministro e escritor Roberto Campos: “A burrice no Brasil tem um passado glorioso e um futuro promissor”.
O Banrisul anunciou uma oportunidade para escritórios de contabilidade, que agora podem passar a atuar como parceiros estratégicos da instituição. A iniciativa permite que esses prestadores de serviços sejam credenciados como correspondentes de negócios do Banco, ampliando as perspectivas comerciais para ambas as partes.