Morreu aos 89 anos o jornalista Éldio Macedo, que foi muito além disso. No passado narrou as então chamadas lutas livres na TV Gaúcha. Depois foi dono da boate Barroco, na avenida Independência de Porto Alegre, no auge das então chamadas boates- hoje seriam danceterias. O mínimo que posso dizer dele é que ele era gente muito fina.

Também foi funcionário público estadual lotado no Escritório de Representação do Governo do RS no Rio de Janeiro nos anos 1970, quando o Rio ainda tinha muitas repartições federais. Por este tempo,k ele viveu uma história engraçada. Certo dia, queixou-se para mim que o novo chefe do escritório, não ia com a cara dele e não sabia o motivo.
Investiga daqui e dali, achei que tinha descoberto o motivo. O chefe, que era da Fronteira, era metido a seresteiro sem ter mínimas condições para tanto, desafinado que era.
Éldio foi buscá-lo no aeroporto e, lá pelas tantas, viram aquela água toda. O chefe botou a cabeça para fora da janela desandou a cantar.
– Cobacabanaanaaaa… princesinha do maaar…
Éldio o corrigiu.
– Chefe, isso não é o mar, é a Lagoa Rodrigo de Freitas.
O homem fechou a cara. Não se corrige a geografia do chefe.