Páscoa e chocolate são sinônimos, só que, na de agora, vamos comer chocolate que não é chocolate. Ou seja, é gordura de cacau com estranhas misturas.

Segundo, as barras que pesavam 120 gramas hoje mal chegam a 80. Um ovo de chocolate, daqueles caprichados, com recheio de bombons, só para que ganha na loteria. E aqui vai uma história de como o fundador de uma famosa marca mundial conseguiu colocar menos chocolate e, mesmo assim, aumentando o peso.

Na primeira metade do século XX, um senhor americano chamado Milton Snavely Hershey inventou o chocolate com leite, que exige pouco chocolate, mas a mistura aumenta o volume adicionando leite. E todos adoramos comer essa falsificação.
Não compromete a sanidade do produto. Entretanto, digamos que seja uma pequena sacanagem.
Muito cedo
Os chineses costumam dizer que só avaliam devidamente uma guerra, movimento ou revolução anos depois de ter ocorrido. Nessa briga de Donald Trump calcando tarifas pra mais de metro a chineses, europeus e outros países, os famosos analistas estão deitando falação explicando o que vai acontecer.
Os mais prudentes dizem “ainda é cedo”. Essa é a grande verdade.
Como saber agora que efeitos essas retaliações de parte a parte vão deslocar as peças do tabuleiro monetário, comercial e geopolítico do mundo? Puxem um cepo e vão sentando, como diz a música gauchesca. O diabo é que essas brigas cósmicas acabam por afetar quem está apenas olhando a bronca.

Enquanto isso, em Porto Alegre
O prefeito Sebastião Melo que me perdoe, mas Porto Alegre não está legal. Ruas esburacadas, panelas no asfalto, equipamentos, como semáforos, desligados e por aí afora. Há outro detalhe que incomoda o contribuinte: a sujeira horizontal e vertical.
Verdade que quem é o Sujismundo maior é parte da população, que não faz o dever de casa. No entanto, de vez em quando, áreas inteiras mereceriam um esforço concentrado.
O Centro é uma delas, justamente quando se procura torná-lo limpo pelo menos. Pichações: o prazer desses porcalhões é sair em fotos em jornais e imagens de TV.
Como enfeiar uma cidade
Mas há outro problema crônico, e esse é mais difícil de resolver. O mau cheiro. Seja pelo lixo derramado dos contêineres, obra dos sem-teto e catadores, é coisa mui desagradável.
Junte-se a isso os dejetos das gentes que vivem nas ruas, os porcalhões de carreira e restos de alimentos deixados pelo pequeno comércio e populares, que não têm a mínima preocupação em achar uma lixeira. Que são poucas.
Irpapos

Estes são os remanescentes de um grupo que se reunia diariamente na Galeria Chaves durante mais de 35 anos. Na caminhada, perdemos vários amigos. O grupo chamava-se Irpapos, e segundo o falecido Plínio Dotto fui eu que criei. Se bem me recordo, era Instituto Rua da Praia e Papos, ou algo assim.
Algo estranho no ar
Já registrei que, pelo menos no Rio Grande do Sul em geral e na Capital em particular, está acontecendo algo que não consigo dimensionar. Como percorro os mesmos bairros todos os dias, observo as flutuações do trânsito, dos ônibus e até das lotéricas.
Pois se antes tudo esvaziava depois do dia 15-18, agora é no mês todo. Incrível como diminuiu o número de passageiros, de apostadores, de consumidores de lanches em lancherias e restaurantes.
Todos se queixam. E a conclusão óbvia é que não há dinheiro. Neste ponto me permito afirmar que observo a cidade desde que moro nela, e olha que estou com 82 anos.

Em matéria de grana, conheço o rengo sentado e o cego dormindo. O dinheiro nem chega a esquentar no banco e já vai para compromissos.
Um detalhe sobre passageiros de ônibus. É possível observar grande quantidade de idosas e idosos, todos com cartão do idoso.
Pois até elas diminuem de quantidade. Arrisco dizer que não saem de casa para não gastar. Só saem em caso de absoluta necessidade.
Banrisul lança programa de reconstrução
Em parceira com a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Estado, Coalizão pelo Impacto e o fundo filantrópico Regenera RS, o Banrisul lançou, nesta quarta-feira, o Impacta RS. O programa vai disponibilizar linhas de inovação da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para o desenvolvimento de negócios com foco na reconstrução do Estado. A iniciativa foi apresentada no South Summit.

Conforme a gerente de Desenvolvimento do Banrisul, Gabriella Azeredo, o Impacta RS tem um modelo colaborativo, que busca viabilizar os projetos. “Desenvolvimento não se faz sozinho, inovação não se faz sozinho”, afirmou.
Em briga de china com gringo é melhor ficar de fora.
Pensamento do Dias