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Azar da Kamala

Brasileiro gosta de fazer trocadilho com tudo, mesmo que não seja assunto brasileiro. E sempre poucas horas depois do evento. Assim, a candidata Democrata foi de Kamala e cuia para o brejo.

Imagem: CanvaPró

Desde meu início no jornalismo, há 56 anos, sempre obedeci à lógica de não brigar com a notícia. E nunca se deve confundir desejo com realidade. Coisa que a esquerda brasileira e a mídia norte-americana fez com Kamala Harris.

Mesmo nas pesquisas, ficou claro o crescimento de Donald Trump na última semana. Tanto que até a bolsa de apostas, tão ao gosto dos americanos, deixava claro que o favoritismo da democrata estava se esvaindo.

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Então a esquerda brasileira e a mídia americana brigou com a notícia. OK, estava ali-ali. Entretanto, a tese não se sustentou. Tanto que, menos de 10 horas depois da votação encerrada, a eleição de Trump eram favas contadas.

America go home

Essa guerra santa contaminou boa parte da mídia. E as esquerdas foram no arrasto. Formou-se um clima de alarmismo. Como se Trump fosse canibal de criancinhas, como se dizia dos comunistas nos anos 1950.

Se o republicano vai ser ruim demais ou não, ainda não sabemos. Então temos que esperar. Se tudo que Donald Trump prometeu for verdade – e duvido disso – vai ser bom para os Estados Unidos e ruim para o mundo, no sentido geopolítico.

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O sentimento preponderante no Brasil era o anticapitalismo. E o título desta nota era lido por todos os cantos, até nos postes.

A polícia do mundo

Engraçado como mudam os conceitos no antiamericanismo. Nos anos 1960 e 1970, a esquerda mundial, em geral, e a brasileira, em particular, sentavam o porrete nos Estados Unidos. Diziam que ele se metia a ser polícia do mundo e interferir em assuntos internos dos países.

Agora, querem que os americanos façam exatamente isso. Desde que não viole os princípios esquerdistas destes mesmos países.

Business as usual

Os negócios ficarão ruins, garantem os kamalistas e antitrumpistas. Como escrevi, presidentes podem muito, mas não podem tudo.

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Há poderosos interesses empresariais no comércio bilateral que, se for isso mesmo, levarão a igualmente forças poderosas pressionando o presidente. Dinheiro não é de esquerda nem de direita e não tem pátria. Ele se move independente das paixões e sua única condição é ser bem recebido.    

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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