O cinema falado é o grande culpado da transformação.
Se eu fizer uma falseta
A Risoleta desiste logo do francês e do Inglês
Amor lá no morro é amor pra chuchu
As rimas do samba não são I love you
E esse negócio de alô, alô boy e alô Johnny

Em 1933, o fabuloso Noel Rosa já reclamava do excesso de termos ingleses no falatório nacional. Vivo fosse, teria uma síncope de tanto ver o quanto o colonialismo brasileiro adora essa submissão.
Halloween, hotdog, brownie, donuts, cookies, cheesecake, crispy, potato chips, cupcakes, ice cream – o strogonoff já foi um erro lá em 1960. O jequismo brasileiro adora ganhar continhas coloridas, como os índios que Cabral presenteou. Sem falar na linguagem de negócios e TI.
O panetone alien
Quando o italiano panetone fincou pé no Brasil, eu já achava estranho que o gaúcho gostasse dessa massa borrachenta que só é comestível nos modelos mais caros. Até sugeri que ele fosse utilizado para asfaltar – ou panetonizar – rodovias em mau estado que abundam por aqui.

O Natal é seu reino, desbancando o pão de mel e o bolo alemão. Francamente os mais baratos são incomíveis. Até sem-teto torce o nariz para ele, porque toda a vizinhança costuma dar um no Natal.
A salvação pela cuca
Há anos, iniciei uma campanha, por assim dizer, de substituir a borracha italiana abrasileirada pela nossa cuca, de preferência a originária das colônias alemãs. E aqui abro um parêntesis: para meu gosto e de acordo com a tradição da minha infância, cuca não pode ter massa alta.

E as melhores são as de Santa Cruz do Sul, que usa esse formato. O que torna uma cuca boa é a massa de cuca, não colocar farofa em cima de massa de pão.
O mundo com Trump ou Kamala
Segundo o site de apostas norte-americano “Election Betting Odds”, que compila os números de diversas plataformas, as apostas na vitória de Donald Trump subiram 3,9 pontos percentuais, para 58,5%, enquanto as em Kamala caíram 3,8 pontos, para 41,1%. Pode ser pega-ratão, pode não ser.
Há um exagero quando se diz que o próximo presidente pode arruinar os Estados Unidos, seja Trump seja Kama Harris. O presidente pode muito, mas não pode tudo.
Perigo supremo
Olhem esta informação que veio das agências americanas: homem é preso com isqueiro e cheirando a gasolina quando vagava pelo Capitólio. Que perigo! O Brasil nunca correu esse perigo, tipo homem fumando palheiro cheirando a querosene perto do Palácio da Alvorada.

Isenção de custas da advocacia: Projeto de Lei avança
O Projeto de Lei (PL) que dispensa o adiantamento do pagamento de custas judiciais nas execuções de honorários sucumbenciais e atribui a responsabilidade ao vencido já está tramitando na Assembleia Legislativa gaúcha (ALRS) como PL 294/2024. O texto foi distribuído na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da casa sob a relatoria da deputada delegada Nadine, que já antecipou parecer favorável à iniciativa.
O presidente da OAB/RS, Leonardo Lamachia, afirmou que a advocacia gaúcha está próxima de alcançar a maior conquista legislativa estadual da história da entidade. “Trabalhamos muito para que o Órgão Especial do TJRS aprovasse o projeto e o encaminhasse para a Assembleia. Agora, o PL 294/2024 está sendo pautado na CCJ e temos confiança de que seguirá para o Plenário com a aprovação deste”, disse.
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“Chimarrão é bom pra clarear a urina e as ideias.”
Pensamento do Dias