Vocês pensam que sabem dançar tango. Dançar “uma música triste que se baila” é muito difícil. Nada como um casal argentino dando um espetáculo. Chegam a treinar 12 horas por dia.
Quo vadis
A tradução do latim é “Para onde vais“. Uma pergunta que nem precisa ser respondida, pois conhecemos a resposta do motivo que levou 28.030 brasileiros a emigrar de forma definitiva para os Estados Unidos, obtendo a cidadania norte-americana, o green card.
Foi um recorde sobre 2022 que, por sua vez, foi recorde de 2021. É conhecido como “fuga de cérebros”. Embora nem todos sejam cabeças que faltam ao Brasil.
Muitos vão tentar a sorte como trabalhadores braçais ou lavando pratos por aí, recebendo bem mais que se aqui ficassem. Mas o grosso é gente com cabeças privilegiadas, são cérebros mesmo. Somente para resumir: profissionais de primeira linha.
A fuga da mediocridade
Todos os países latinos têm fuga de cérebros. A Venezuela perdeu 25% da sua população sob o desgoverno de Nicolás Maduro. A maioria para fugir da pobreza de um país que está sentado na maior reserva de petróleo do mundo.
Comparem com a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e outros árabes, que usam o petróleo para dar emprego e vida boa para sua população. Até recentemente, faltava inclusive papel higiênico na Venezuela. O país tem um regime de esquerda que não é de esquerda. No entanto, o rótulo disfarça uma ditadura que eu chamo pessoal.
Como pode acontecer uma derrocada dessas e ficar por isso mesmo? Uma das explicações é que o chavismo, que é uma piada de mau gosto, está há décadas imerso na falta de tudo. A grosso modo, estão acostumados.
O país do “já era”
Outros cérebros brasileiros fugiram para a Europa há mais tempo. Até Portugal foi e, de certa forma, ainda é sonho de consumo, pela facilidade da língua. O que lhes falta são oportunidades e o que lhes sobra são salários baixos.
Vivemos numa atmosfera cinzenta, uma espécie de limbo sem a esperança de ver o paraíso. Durante décadas, os brasileiros se enganavam dizendo que tínhamos futebol, carnaval e sol.
Hoje, os dois primeiros desapareceram. Querem ver um bom jogo? Vejam os campeonatos europeus na TV. Carnaval virou uma coisa.
Mas nem tudo é ruim aqui
Um casal brasileiro, que plantou mais de 20 milhões de árvores e reflorestou uma região inteira, é destaque na mídia internacional. Ao todo, Sebastião e Lélia Salgado plantaram 290 espécies e já restauraram 1.500 acres de terra.
O trabalho dos dois já é famoso na região de Aimorés, Minas Gerais. Tudo começou em 1998, quando a área estava devastada.
Agora, mais de 20 anos depois, o local ganhou nova vida e está todo verde de novo! A propriedade virou um paraíso de biodiversidade no Brasil.