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Ai, que preguiça…

É uma frase do filme Macunaíma. Não sei se vocês têm o mesmo sentimento. Mas de anos para cá, estou me cansando do país chamado Brasil.

As Olimpíadas me fazem bocejar, o desempenho dos nossos atletas me irritou e da irritação passei para o modo “Ai, que saco!”

No entanto, vai além dos jogos olímpicos, que tanto nos emocionaram em tempos passados. O Brasil me cansa.

O poço

Nos meus tempos de repórter da madrugada na ZH, telefonava para os plantões do HPS, Delegacias, Bombeiros, Homicídios e outros, perguntava se o plantão estava calmo ou agitado. Em dias sem incidentes, a resposta invariavelmente era “Mais parado que água de poço”.

O Brasil de hoje está assim. E bota parado nisso.

Educador, profissão de risco

O assassinato de dois professores universitários em assalto ocorrido em Santa Maria (RS) é outro daqueles casos que estragam o dia mal ele começou. Todo santo dia temos mortes estúpidas como essas e todo santo dia estes criminosos ficam impunes ou cumprem penas ridículas. Para depois ganhar as ruas e matar de novo.

A legislação penal brasileira é um atentado contra a sociedade. O Brasil não é um país sério, definitivamente. Somos reféns dos criminosos e dos homens do mal.

O papai não resolve

O assunto também remete como os professores de hoje são maltratados e de todas as formas. E com que repreensões a alunos revoltem os pais, que vão de dedo em riste, quando não com ação penal contra o educador.

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Quer dizer, os alunos já começam mal a vida porque o papai resolve. E quando o papai se vai, eles se queixam do mundo injusto, péssimos cidadãos que são.

Ensinar é uma atividade de alto risco, físico e salarial. Por isso o Brasil é fraco, já não digo de cérebros, mas de pessoas com  uma sólida educação.

Ao mestre, com carinho

Até meados dos anos 1960, década que reputo como a E.D, era da destruição cujo marco foi 1968, ai do aluno que chegasse em casa com notas baixas e repreensões dos professores. Em boa parte, acho que na maioria, levavam, pelo menos, outro pito dos pais.

A caderneta escolar não mentia e só pai cego não via a evolução da mediocridade dos filhos. Sim, tínhamos medo de errar, o que levava a caprichar nos estudos e no comportamento.

https://cnabrasil.org.br/senar

Na minha geração, a caderneta escolar enfatizava dois aspectos, comportamento e aplicação, este último no aprender as matérias. Tudo isso foi para as cucuias. Hoje somos um retrato desbotado do tempo em que o Brasil, pelo menos, encaminhava bem seus filhos.

Tudo por 40

O antigo “tudo por 1,99” pós-Real foi aumentando, aumentando, e hoje há pouca coisa com este preço. Os bufês (prato livre) custavam R$ 5 e foram aumentando. Hoje, em tempos de vaca magra, uma refeição honesta é na base de R$ 40.

Claro que existem mais baratos. Mas há um certo risco, digamos assim. O bom nunca é barato. Dois substitutos: os burguers da vida e pastéis. A refeição mais completa e com proteína e carboidrato, e barata, é sardinha com massa.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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