O pensador e ensaísta às vezes confundido como humorista, apenas jogava pesado em frases perfeitas que, no mínimo, faziam pensar. “O dinheiro não só fala como faz muita gente calar a boca.” Ora, temos visto isso todos os dias na mídia.
Outra dele é “Se é gostoso aproveita. Amanhã pode ser ilegal”. Também temos observado isso nos últimos tempos.
![](https://fernandoalbrecht.com.br/wp-content/uploads/2024/06/19959C_Blog-Fernando-Albrescht-600-x-90px_02.png)
E se disserem que não existe censura no Brasil, anote a sutil diferença entre censura e autocensura. As redações em geral, com honrosas exceções, não mergulham abaixo na linha de superfície.
Uns por favores recebidos, outros por favores futuros e uma terceira parte que atende pelo nome “rabo preso”. Sempre ressalvando que há exceções.
Ah, essa falsa cultura…
A história das frases proferidas por pessoas famosas de todos os tempos tem um problema sério, a de quem as publica, não raro, as atribui para quem jamais teria dito isso. É muito comum na web. E, modéstia à parte, eu sinto o cheiro de uma falsidade.
![https://www.youtube.com/watch?v=kVjJHfsBOto?utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=patrocinio&utm_campaign=camp_reconstruir_2024&utm_term=visibilidade&utm_content=escala_600x90px](https://fernandoalbrecht.com.br/wp-content/uploads/2024/08/Banners-patrocinados-campanha-reconstruir-juntos-600x90-2.jpg)
Os preferidos são filósofos do passado. Certa vez, atribuíram a Friedrich Nietzsche algo que seria impossível porque era assunto da segunda metade do século XX.
As gasolinas
![](https://fernandoalbrecht.com.br/wp-content/uploads/2024/09/cais-de-montenegro-dos-anos-1950.png)
Essa imagem postada no Facebook mostra o porto de Montenegro (RS) no início dos anos 1950. Talvez alguns anos antes.
Deixa explícito como era poderosa a navegação fluvial no Rio Grande do Sul – no caso, no Rio Caí. Ele nasce em Cambará do Sul com o nome de Arroio Santa Cruz, e só pega esse nome depois de atravessar a BR-116 na altura de São Francisco de Paula.
É um rio muito pedregoso até a cidade de São Sebastião do Caí, distante cerca de 20 quilômetros de Montenegro. Outrora foi chamada Capital do Tanino, por causa da extração desse componente, retirada das cascas da acácia negra. Tanino servia para curtir couro e para vedar os tonéis de vinho.
Por que “gasolinas”?
Porque os motores eram a gasolina. Peguei esse tempo quando era criança. Estes barcos eram vitais para comunidades ao longo do seu curso e para transportar alguns passageiros além de carga.
A viagem para Porto Alegre era sem pressa, levava cerca de 8 horas, contando com paradas em miniportos se fosse o caso. Certa feita, pedi para meu pai que fôssemos à Capital a bordo de um desses possantes aquáticos.
![https://cnabrasil.org.br/senar](https://fernandoalbrecht.com.br/wp-content/uploads/2021/07/Ovelha_600x90-1.jpg)
Rapaz, como eu curti essa viagem. A gasolina percorrendo vagarosamente o canal. Por vezes, longe da margem e, às vezes, próximo à vegetação, com galhos raspando a lateral do casco. Nada de pressa, tudo na boa.
Infelizmente os rios estão assoreados, ainda mais, com a enchente, e não dá para concorrer com o transporte rodoviário em preço e tempo. Mas veja o caso de países como a França e Alemanha, como eles usam esse modal para cargas maiores. Mas que foi um tempo bom, lá isso foi.
O grande encontro
O Banrisul promove, na próxima quinta-feira (12), às 19h, na Praça da Alfândega, no Centro Histórico de Porto Alegre, o evento O Grande Encontro, Música dos Gaúchos – Edição Reconstruindo o Rio Grande, em comemoração ao aniversário de 96 anos da instituição. Como parte das iniciativas do Programa Banrisul Reconstruir RS no segmento da cultura, irá iniciar nesta data a turnê itinerante do projeto O Grande Encontro.
“Deus dá o frio conforme o cobertor.”
Pensamento do Dias