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Tudo tão estranho…

…no mundo do jornalismo gaúcho. Já tivemos sete jornais diários em Porto Alegre. Hoje só temos três impressos. Eu tenho 56 anos de jornalismo, fui forjado nas redações e isso me entristece.

Embora saiba que temos os digitais, aquela coisa. Ocorre que as edições são atualizadas três vezes ao dia. E só na manchete.  

www.brde.com.br

Mas há outro dado que deveria deixar tristes todos os leitores, que vão diminuindo como sorvete ao sol: o desaparecimento dos repórteres. Tenho observado isso há mais tempo, a safra que sai das faculdades deixa a desejar porque tem estoque baixo de palavras, consequência da falta de leitura.

Por isso os textos são terrivelmente falhos, o que macacos velhos como eu sabem. Pior, repórter ruim é promovido a emitir ou substituir, e o estrago vai muito além do horizonte.

senai

Há outra falha que explica em parte a diminuição de leitores. Perdemos a noção do que é notícia e não fazemos o que o leitor quer ler, incluindo as chamadas.

Chamadas de capa e a manchete são como anzóis. Ou seja, se não tiver uma minhoca interessante nele, o peixe não se interessa.

Tenho falado deste assunto neste blog. Mas nunca achei que chegaria ao tempo em que precisasse fincar uma placa com os dizeres “Procura-se repórteres”, a alma do jornalismo.

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O que fazer? Teríamos que começar lá no ensino fundamental, inculcar o prazer de ler. Já nas faculdades de Jornalismo deveria ter o aviso “A alma do jornalista é a curiosidade”.

Sem essa qualidade, saber como as coisas funcionam, o jornalismo não terá mais alma. Será um deserto estéril.

Vivendo e aprendendo

A planta de alecrim exala uma substância que diminui o efeito do sol, por isso resiste mais à seca. Ouvi isso de um chef de que tem restaurante na região de Provence, França.

https://cnabrasil.org.br/senar

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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