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Quem autorizou?

Nem esfriou a contagem de votos no Brasil e já se especula que prefeitos eleitos no primeiro turno de grandes cidades podem ser alternativa para as eleições de 2026, seja para presidente ou governador. Acho um acinte um eleito trocar de rumo no meio do mandato. Ele não teve procuração para tal. Essa é mais uma das barbaridades da política brasileira.  

O mundo das cobras

Como diz o povo, aí tem. Como na política, o futebol é a mesma coisa. Quando a imprensa especializada lança um balão de ensaio sobre a contratação de um jogador que desponta para este ou aquele clube nacional ou estrangeiro.

Como dizem os mineiros, jabuti não sobe em árvore, se encontrar um é porque alguém o botou lá. Na realidade, há um enorme mundo subterrâneo de cobras mandadas.

Famílias divididas

Para quem estiver se sangue doce, o mundo da política nas cidades do interior é fervilhante antes, durante e depois das eleições, especialmente em municípios pequenos. Isso porque todos se conhecem.

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Lembro de quando eu era adolescente, minha mãe e minhas tias aconselhavam que não se devia falar em preferências políticas em almoços ou reuniões de família. Quando a sobremesa é servida, amigos se tornam inimigos num upa.

Todo mundo igual

Nos anos 1970, a moda entre os homens era deixar costeletas gigantes, que desciam até a parte inferior das orelhas e se alargando enquanto desciam. Mais ou menos na mesma época, surgiu a moda do bigode.

Passado todo esse tempo, a moda é a barba. Desconfio que, em breve, até bebê vai usar barba postiça. Nós sabemos porque as pessoas acima da meia idade usam barba, em parte porque escondem as rugas de expressão e escondem a pele macilenta. No entanto, a barba deixa a pessoa mais velha igual.

https://cnabrasil.org.br/senar

Posso garantir que eu uso barba porque enchi o saco de fazê-la todos os dias, desde o tempo da gilette até o barbeador. As mulheres têm a menstruação mensal, homem tem a barba diária.

Certidão de nascimento

Entreouvido em uma cafeteria:

– Quando sair o negócio me manda um uatesape.

Senti o cheiro da Fronteira Oeste.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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