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Procura-se cerzido

Há meses, procuro quem faça cerzido invisível em Porto Alegre. Já tentei de tudo e até hoje os endereços que achei estavam fechados ou não eram mais de quem fazia essa arte. Rasgões, furos por brasa, buracos causados por traças em paletós de lã, calças e suéteres estas artesãs faziam o preço valer a pena.

Crédito: Canvapró

É mais uma profissão que se foi. Em décadas passadas, lembro da costureira Edith, que deixava tudo novo.

O homem da flauta

Outra profissão que vai desaparecendo e precisa ser encontrada com uma luta é o afiador de facas e outros objetos cortantes. Quem com mais de 40 anos não lembra deles percorrendo as ruas tocando a escala musical com uma flauta de Pan?

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Facas e tesouras de hoje são baratas. Então, é questão de custo/benefício. Sem falar nas facas que nos levam uma grana federal, mas afiam-se sozinhas quando cortam.

Profissão: atleta

Qual o garoto que nunca sonhou em ser jogador de futebol? Estudo Serasa aponta que 42% dos brasileiros sonhavam em se tornar atleta profissional. Entre os homens, 56% já pensaram em seguir na profissão.

Dentre as camadas sociais, as classes D e E são as que mais almejaram a carreira esportiva profissional (46%). Na Região Sul, 72,3% dos entrevistados praticaram futebol (41,2%) e vôlei (39,1%) na infância e/ou adolescência.

Os mal pagos

Entre o sonho de ser jogador de futebol e a realidade vai uma distância enorme. Há alguns anos, saiu um estudo mostrando que apenas 5% dos atletas profissionais recebem salários de razoáveis para ótimos. Nunca saiu um estudo sobre jornalistas.

No entanto, acho que cai pela metade. No popular, a enorme maioria mata cachorro a grito.

Foto: Canva-Pró

Robô de programa

Não sei que fim levou um protótipo de um robô (ou robota…) garota de programa, notícia de 1917. Japonês, claro. Um vídeo de apresentação mostrava sua pele artificial e tudo mais que vocês podem imaginar.

Fala, sorri, faz olhinho, até geme. A única diferença com as rivais de carne e osso é que o freguês só precisa fazer o investimento inicial.

https://cnabrasil.org.br/senar

Também não precisa pagar bebida, jantar em lugares caros e se esconder em carros com vidros escuros para ir a um motel. E pelo que informou um cientista da equipe, elas se adaptam ao dono, podem cantar Chitãozinho e Chororó ou recitar Pablo Neruda “Grande amor/Grande como o mundo/Mas tu com teus pés pequenos e sujos/Apagaste o fogo/Óh grande amor, pequena amada”.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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