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Picolés para a bicharada

O forte calor que atinge o Rio Grande do Sul exige cuidados especiais com os animais do Gramadozoo. Para refrescar a bicharada, a equipe técnica preparou picolés de carne, frutas e legumes.

Foto: Halder Ramos

No menu, picolés de banana, mamão, melão, tomate, pepino, cenoura, beterraba, couve e carne para a capivara, macacos-prego e jaguatiricas. E são picolés natureba. A bióloga Tathiana Barros, responsável técnica do Gramadozoo, os picolés não levam conservantes e nem açúcares.

Foto: Halder Ramos

Do capricho ao lixo

Como os hábitos de vestir mudaram de algum tempo para cá, credo!  Os homens estão cada vez mais desleixados. O fardamento é usar jeans. A garotada está na dela. Mas dá mais valor às tatuagens e cortes de cabelo diferenciados.

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Já os mais velhos usam camisetas regata com sovaco à mostra e bermudas, tendo sandálias nos pés. Os idosos botam meias e, de preferência, as brancas, uma atrocidade virtual.

Sei que tem calor e coisa e tal. Entretanto, se alguém usasse isso em décadas passadas passaria vergonha.

Certa vez, um alemão me falou que, em Porto Alegre, só viam mulheres bonitas e combinando roupas até nas paradas de ônibus do subúrbio, mesmo sendo pobres. Hoje esse capricho passou, foi-se esse tempo. Nas mulheres o bonito era ser esbelta.

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Verdade que, até os anos 1970, era comum a rapaziada gostar de mulheres acima do peso dizendo “tenho onde agarrar”. Vários fatores se uniram para compor a moda atual, como o pouco tempo para almoçar, a superoferta de xis e burguers. Mas, ao fim e ao cabo, o bom gosto terminou, em regra com exceções.

Com que orgulho e prazer, nos meus verdes anos, vestia-se um determinado, calça e camisa compradas em lojas como Kirk, Taft na Rua da Praia, até na Wollens. Eram confecções bem acabadas e duráveis.

A mediocridade veio em paralelo. Hoje, todos os homens usam sapatênis, marcas como Terra e Samello eram usadas com satisfação, sapatos cômodos, bonitos e elegantes.

Não se saía com eles em dia de chuva, apesar das boas marcas serem imunes às deformações. Mais tarde, vieram os Kichutes, tênis e calças brim coringa. Depois de algum tempo de uso sem lavanderia ficavam em pé sem ninguém dentro, tamanha a sujeira acumulada.

https://cnabrasil.org.br/senar

O fim das camisas de grife começou com os tecidos sintéticos nos anos 1970, apareceram as camisas Volta ao Mundo, que não precisavam ser passadas. Em compensação, com poucas horas de uso fediam, um horror.

Criei um marco divisório da moda bonita e o horror subsequente. A chegada das Volta ao Mundo é este marco. Mas, depois, houve outro: a invasão das camisas chinesas e calças jeans feitas da reciclagem de garrafas Pet.  

Surpresa de arqueólogo

No futuro, os arqueólogos vão ficar cismados ao desenterrar roupas do século XXI e saber que as pessoas pagavam caro para usar jeans rasgados.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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