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Papagaios berrantes

Um dos piores defeitos do brasileiro é falar alto mesmo em recintos fechados. O segundo maior defeito é falar alto achando que está agradando.

Por isso que muitos restaurantes europeus detestam brasileiros, falantes como papagaios com caixa de som. Quando um grupo de jovens se reúnem em bando, parece uma conversa de caturritas de hospício.

Dois é menos que um

A política brasileira é uma separação de egos que pretendem se eleger para prefeito, governador ou presidente pelo mesmo sentimento que os une. Temos inúmeros exemplos em que um lado perde justamente porque tem as mesmas ideologias e noves fora quem ganha é a ideologia oposta.

Os conservadores são campeões nessa modalidade de tiro no pé. Já a esquerda raramente lava a roupa suja fora de casa. E, no fim, depois de uma furiosa luta interna, escolhem um que não divide votos.

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Está se desenhando esse panorama – de racha na chamada direita na eleição para presidente e para governador em alguns Estados. É o que se pode chamar gosto pela arruaça e vontade inconsciente de perder a eleição.

O pato ignorado

Desde a massificação de documentários na TV paga tenho observado duas coisas. Uma: quem deveria assisti-los não os vê. Outra: se os veem não cai a ficha para aproveitamento em algum tipo de negócio, inclusive o seu.

Há uma dezena de excelentes documentários sobre a agropecuária que deveriam ser vistos, descobertas ou práticas que europeus e asiáticos usam há décadas ou centenas de anos com resultados positivos. Um deles diz respeito ao pato.

Nas lavouras de arroz dos asiáticos, começando pela Tailândia, quem limpa as lavouras, come os insetos e fungos deixando a planta intacta, é o pato, muitos deles. Sem falar nos benefícios ao meio ambiente por não usar herbicidas químicos e defensivos para pragas.

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Ou seja, é o óbvio ululante que os produtores têm significativa redução de custos, dos quais o uso de substâncias químicas é um dos maiores.

O pé no fundo de jerico

Quando das duas crises do petróleo (1973 e 1979), o Brasil criou um programa excelente de substituição de combustíveis fósseis pelo orgânicos, o álcool anidro. Por esta época, as montadoras criaram expedientes absurdos para economizar gasolina.

A VW colocou uma mola de dureza progressiva no acelerador para evitar que o motorista pisasse fundo por cansar rapidamente o pé, bem coisa de jerico germânico. Claro que não pegou.

O biodigestor ignorado

Na mesma década, a preocupação com a poluição do solo e das águas fez lembrar um equipamento que países europeus usavam desde sempre, o biodigestor. Basicamente, todo o lixo caseiro e os dejetos humanos eram canalizados para  tanques fechados a dezenas de metros adiante. 

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Como estes dejetos geram calor pela decomposição, o conteúdo acaba se transformando em gás metano e, depois, em um líquido inodoro que dá um excelente adubo. O metano aquece a casa e dá gás para o fogão. Não com as mesmas calorias do GLP de botijão, mas quebra o galho.

O metano em Porto Alegre

O bairro Humaitá, que hoje é de classe média-média, foi um lixão até o início dos anos 1970, depois aterrado. Por volta de 1974, eu estava na Folha da Manhã, já falecida, e me passaram uma pauta interessante. 

O pessoal das vilas próximas espetava um cano que trazia metano para a boca; esquentavam até frigideira e água quente para o chimarrão. ÒOOs! de admiração, não sabiam que lixo em decomposição gera gás metano. A China e países europeus fizeram isso já no século XIX.

O que é uma potência?

Então veja esta. O BRDE fechou sua participação na Expodireto Cotrijal registrando R$ 278,7 milhões em novos financiamentos. Mesmo diante do cenário de perdas na safra de grãos por conta de uma nova estiagem que afeta o Rio Grande do Sul, o volume de negócios nos cinco dias de feira supera em 8,2% o montante alcançado na última edição. Te mete!

IARGS

No primeiro encontro do Núcleo de Debate entre Direito e Literatura do IARGS deste ano, o convidado será o poeta Carlos Nejar, membro da Academia Brasileira de Letras, hoje, dia 18 de março, a partir das 19h, no Pantheon da Faculdade de Direito da UFRGS,

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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