A cada final de ano, procuro nas retrospectivas se é dado algum destaque para a maior força terrorista do Brasil, o tráfico, as facções e o crime organizado. Ou seja, no fundo, um ente só. Neca.
Parece até que não são eles que dominam corações e mentes. Incluindo as instituições. Somos reféns deles e, pior, somos comandados por quem já está preso.
As lideranças nos presídios mandam matar a rodo, coletiva ou seletivamente. Um país que não consegue proibir ordens enviadas por celulares nos presídios não é um país. É um projeto que já nasceu errado.
Não se vê um esforço sério e nem mesmo uma preocupação maior do governo, Judiciário e MPF. As polícias só enxugam gelo. A máquina está corrompida. Portanto, não sabemos até que ponto os poderes constituídos também são reféns ou foram contaminados.
Dinheiro não falta ao crime organizado sob qualquer forma. Mesmo com jornais publicando diariamente assassinatos em via pública a mando das facções ou tráfico.
Se o Brasil fosse um iceberg, o crime organizado – que até recentemente era a parte submersa – agora é o contrário. Nós é que estamos mergulhados e dominados por eles.
Ele está presente na economia real e já não é para lavar dinheiro, é para ganhar dinheiro. Não sabemos nem quantos políticos ele elegeu e quais chantageia.
Não sabemos nada. E o governo finge que está tudo sob controle. Não está.
O que sabemos é que o marketing do tráfico começa a viciar crianças para torná-las reféns da droga delas de cada dia. São soldados mirins do maior exército do país.
Igualzito ao pai
Pesquisa da NBC mostra que 55% da geração Z teme que tenham que sustentar filhos adultos. Ora, ora, já aconteceu com os pais deles.
Baita sorvete
A sorveteira Cremolatto Santana é um das boas atrações do bairro homônimo. Tem variedade de sorvetes de frutas como melão, abacate e frutas do campo além dos sabores tradicionais. Fica ao lado da Droga Raia, quase esquina com a Santana.
A tortura dos pepinos
Mudar de preocupação faz-me tão bem como tirar férias. Li isso por aí e não lembro do autor. Então o cara acertou na mosca. As verdadeiras férias são quando você se livra de pepinos que entram na sua cachola e não acham a porta da saída.