Zero Hora, 1969. Eu e o fotógrafo Maurecy Santos, o Santinho, pegamos a caminhonete para dar uma geral nas delegacias, HPS, DPJ, essas coisas comuns à reportagem policial. Quando a Rural Willys encostou, notamos que o motorista era novo. Ele saiu e educadamente nos cumprimentou.
– Prazer, meu nome é Luismar.
E o Santinho, que não perdia vaza para fazer molecagem.
– Nome esquisito. Pelo menos não é Luísrio hahaha…
O motora nem piscou. Imperturbável, devolveu:
– Como é mesmo o seu nome, que não peguei direito?
– É Maurecy, mas todos me conhecem por Santinho.
– Santinho, é? E em qual igreja o senhor tem estátua?
O Santinho engoliu em seco. A banca paga e a banca recebe.