Search

O sapo do espanto

Falta inventariar expressões usadas comumente dos anos 1950/1960 e que sumiram sem mais nem menos e, pior, sem alguém que as recolhesse para posterior divulgação. Mea culpa.

Imagem: Canva-Pró

Uma das mais curiosas era quando alguém se espantava com alguma coisa ou ficava sabendo de uma novidade: “Êpa sapo!” Lembro das primeiras vezes que a usei com amigos que moravam longe da cidade grande, como eles logo se apropriaram da expressão para mostrar aos outros como eram malandros.

De alguns anos para cá, a piada de plantão mais manjada que existe é quando chove muito e alguém diz que está virando sapo.

Os malandros e os idosos

O Senac RS está propiciando cursos de TI para idosos, especialmente para entrar em redes sociais e se comunicar. Como hoje o celular é um computador, os perigos de pessoas mais velhas caírem em golpes que capturam dados e até esvaziam conta corrente é muito grande.

Não sei se o Senac ensina isso, mas deveria. No entanto, são tantos que precisaria atualizar sempre.

https://lp.banrisul.com.br/bdg/link/reconstruir-rs.html?utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=patrocinio&utm_campaign=conta_pj_reconstruir&utm_term=visibilidade&utm_content=escala_600x90px

Mesmo quando surge um alerta de vírus que pede que se clique em um endereço tem 100% de chances de ser golpe. Os cibercriminosos são espertos, sabem as manhas da mente humana perplexa e antecipam reações dos logrados. Vivemos a Era dos Golpes Virtuais.

A criação da girafa

Da série “A Criação que deu errado”

 Este animal de longínquo pescoço foi bem desenvolvido pela engenharia do paraíso. Entretanto, infelizmente, esqueceram de deixar o pescoço imobilizado, e isso por uma boa razão.

É que a girafa foi pensada como torre de controle para pássaros, concebidas como drones para fiscalizar o paraíso, quando pousavam para se abastecer de comida uma árvore ou para construir ninhos. Tanto que elas têm dois corninhos na testa, que deveriam ser antenas de radar para controle do circuito de tráfego, daí a sua altura.

https://cnabrasil.org.br/senar

Tudo indica que o almoxarifado celestial estava em falta dessa estrutura de imobilização. Então, deram-lhe vida sem ela. Daí ela começou a comer as folhas das copas das árvores.

Além disso, ficou livre para dar cabeçada nas outras girafas na luta para ser a girafa-alfa. Um horror, em resumo. Para piorar, as longas pernas facilitam sua fuga da vocação original.

Todas as girafas ficaram felizes com a mudança, embora sentissem dores terríveis quando nasciam. Cair daquela altura reto para o chão não é exatamente agradável. Quando as girafinhas levavam aquela porrada ao aterrissar diziam “ninguém merece…”. Foi assim que nasceu essa expressão.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

Deixe sua opinião

Publicidade

Publicidade

espaço livre