Quando saio de casa rumo à faina diária, bebo meu primeiro café de uma longa série. A cafeteria é boa, mas o único garçom é muito desatento.

Precisa caçá-lo e isso exige prática e habilidade. Sempre lembro do garçom Careca do Barranco. Era muito querido por todos. Ele gostava de ouvir as histórias que os comensais assíduos contavam.
Certa vez, estávamos à mesa e um de nós contava uma boa. O Careca, que deixara o pedido, ficou escutando o caso por um bom tempo.
Lá pelas tantas, uma mesa vizinha solicitou sua presença. Ele se virou para ir a ela, mas antes pediu um favor.
– Espera um pouco para continuar a história. Vou atender um freguês e em seguida volto para ouvir o final.