O dono de um bar perguntou a um conhecido meu se ele sabia o que mais dava lucro no estabelecimento.
– Coca Cola?
– Não?
– Sanduiche? Pastel? Empada?
– Nada disso. Balinhas e chiclete.
E contou o seguinte: as balinhas são compradas a granel, aos montes, em fardos. No final das contas, cada uma deve custar menos de um centavo.
No caixa, o infeliz do consumidor vai pagar uma conta de, digamos, R$ 1,90 e dá uma nota de R$ 2,00. O atendente diz:
– Estou sem troco. Pode ser uma balinha ou um chiclete?
Ao final do dia, essas coisinhas de nada representam um lucro extra ao bodegueiro.
Por essas e por outras que cristalizei a tese que a humanidade se divide em dois tipos: os que nascem para ficar atrás do balcão e os que nascem na frente. E é em tudo, não só na bodega.