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O Estado de um quarto

É o Rio Grande do Sul. Só 25% das verbas federais para empresas atingidas pela enchente chegaram ao destino.

Crédito: CanvaPró

Só 25% das verbas para hospitais e sua reconstrução chegaram a eles. Recursos para pequenas empresas e indústrias do interior também estão a ver navios.

Agora a Federação das Indústrias do RS (Fiergs) lança o alerta que o Polo Petroquímico pode parar porque o rio Guaíba está assoreado, ameaçando as viagens dos navios que levam a produção até o Porto de Rio Grande por falta de calado.

Aviso aos navegantes

Quando a chuva parou e as águas recuaram e começou a se falar em reconstrução, comentei neste blog que o real problema nem havia começado. Reconstruir é uma coisa. Entretanto, para voltar ao que era antes e ter dinheiro para tanto, seria um desafio maior até do que a enchente.

Ainda é cedo para dizer quantos empresários e pessoas físicas desistiram do Rio Grande do Sul. Visto que boa parte embarcou de mala e cuia para Santa Catarina. Levará mais de ano para termos uma pálida ideia quanto do PIB se foi de muda.

Tio Nica, o Profeta

A primeira vez que li algo sobre o que esperava o futuro do Rio Grande do Sul foi nos idos de 1966/7, na extinta Folha da Tarde. O secretário da Fazenda, Nicanor Kramer da Luz, conhecido como Tio Nica e meu vizinho de andar, convocou uma coletiva de imprensa para fazer um alerta.

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A folha de pagamento, dizia Tio Nica, tinha batido em “absurdos” 40% da arrecadação total do Estado. O que lhe permitia antecipar um futuro nada risonho para os gaúchos.

A história lhe deu razão

Tio Nica sabia das coisas, não é mesmo? Hoje, a questão não é mais nem cobertor curto para fazer frente ao custeio. O fato é que não há nem cobertor.

E por mais que as reclamações salariais do funcionalismo sejam procedentes, a verdade é que a folha dos aposentados já supera a dos ativos. É grave a crise, como dizíamos nos anos 1980.

O Dia do Julgamento

Sempre se fala que os sucessivos governos nada fizeram para deter a hemorragia. Sim, mas falta alguém em Nuremberg.

A Assembleia Legislativa, salvo iniciativas isoladas, nunca disse a que veio. Vamos repartir a culpa. Por extensão, os partidos também estarão na primeira fila no Juízo Final.

A orelha-guia

O barulho que ouvimos quando colocamos uma concha junto ao nosso ouvido não é o oceano. Mas sim o som do sangue correndo nas veias da orelha. E os mosquitos são atraídos para a orelha pelo mesmo motivo.

https://cnabrasil.org.br/senar

É mais uma colaboração para Assuntos Aleatórios da Fundação Albrecht, Divisão Cultura Inútil/Subseção Ouvidos Moucos.

Sabedoria milenar

Eu gosto muito dos provérbios iídiches, coletados ao longo de mais de dois mil anos. A maioria serve para os dias que correm, e eis um deles: “Nunca se aproxime de uma cabra pela frente, de um cavalo por trás ou de um idiota por qualquer dos lados.”

Expoagas 2024

A #expoagas2024 sorteará 6 notebooks e 1 automóvel Fiat Strada 0km entre os visitantes que efetuarem compras junto aos expositores. A cada R$ 1.000,00 em negócios fechados, os varejistas ganharão 1 cupom para concorrer aos prêmios. O sorteio ocorrerá pelo sistema da Nota Fiscal Gaúcha, apoiadora da promoção.

Lugar de mulher

No próximo dia 16, a autora e advogada Taise Vielmo Cortes lançará o livro (coletânea) “Lugar de mulher é onde ela quiser”, no Bistrô da Catedral, a partir das 17h30. A obra reúne artigos de 16 mulheres que relatam seus desafios diários.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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