“…tribo brasileira, mas com nome de índio norte-americano”
Interessante. O governo vai distribuir milhões de camisinhas durante o carnaval na suposição que a turma transa mais durante este período. Há controvérsias. Metade do tempo o grosso da população está pulando e na outra metade está de ressaca. Nos entrementes, pode até ser, desde que não estejam podres de bêbados ou cheirados. Carnaval bom era o de antigamente. Especialmente para rir. Nos anos 70, o desfile em Porto Alegre era na avenida João Pessoa. Na terça-feira gorda, desfilavam os campeões de cada categoria – escolas de samba, blocos, tribos. Ah, as tribos! O palanque era armado do outro lado da Redenção, quando Guilherme Villela era prefeito. Tribo era um sarro. Teve um ano em que Os Comanches tinham como tema “Ascensão e Queda do Império Inca”. Tribo brasileira ter nome de índio norte-americano. E parte da letra da música era falado em tupi-guarani. Para completar, o cacique se apresentava de terno e gravata. Um legítimo samba de índio doido. Num destes desfiles, 1977 ou 1978, era apresentador oficial o jornalista Airton “Camelo” Fagundes. Quando a tribo vencedora passou no palanque oficial, o cacique deu um pulo, empurrou Airton para o lado e fez sua saudação, fora do protocolo. Cheio de mé, falou naquele stacatto estereotipado pelos filmes e programas de humor. – Grande-Cacique-agradece-homem branco-honraria-recebida! Mais não disse porque quase desabou lá de cima