Nos anos 1960, dizia-se que o complexo industrial militar faria de tudo para acontecer mais uma miniguerra mundial como forma de ganhar muito dinheiro com armas de todos os tipos mais a reposição de obsoletas. Naquela época, li um livro chamado “No Tempo das Carabinas”, passado na I Guerra Mundial.
Até 1915, os aviões eram lentos e pesados. Neles cabiam, no máximo, um piloto e um observador. Serviam para olhar o front de cima e fazer relatórios para os generais no comando.
As aeronaves inimigas faziam o mesmo. E quando um cruzava com o outro, os observadores batiam continência, até que surgiu um mau caráter que resolveu dar um fuzil para os observadores.
Em vez de continência, mandavam bala. Com o tempo, outro mau caráter pensou em metralhadoras. Dito e feito, o tempo das continências passou.
E para melhorar a pontaria, colocaram a arma na frente, para o gatilho ser acionado pelo piloto. Foi assim que começou a terceirização.
Problema: as balas se chocariam com as pás das hélices, que foi resolvido sincronizando as RPM com o intervalo entre uma bala e outra. Mais adiante, para evitar perda de potência, as colocaram na parte superior da asa, longe da hélice.
Adiante, botaram duas. Com o tempo, quatro e até seis mas agora nos bordos das asas. Somos peritos em matar.