Até os anos 1980, acreditava-se que um país atingiria a estabilidade econômica se o número de nascimentos fosse equivalente ao número de falecimentos, o GP Zero, Growth Population Zero. Economistas provaram que era exatamente o contrário, que esse era o caminho para a progressiva fraqueza econômica.

Um olhar um pouco mais atento explica. A “indústria” de bebês implica em uma enorme cadeia econômica, que vai desde as fraldas, medicamentos infantis, perfumaria, pomadas, pediatras, roupas em constante mutação.

Enfim, todo um universo que começa na gravidez da mãe. Isso significa indústrias e serviços sem fim, o que se resume em atividade econômica constante e, claro, dinheiro injetado na roda.
Para dar um exemplo prático, com o término da II Guerra Mundial os países envolvidos voltaram a estimular os pais para que tivessem filhos. Por isso, o Milagre Japonês dos anos 1970, quando a geração do pós-guerra atingiu a idade de consumir por conta própria. Logo, mais dinheiro.

Como essa indústria terminou, até morre mais gente que nasce, não haverá mais Milagre Japonês e países europeus entraram em decadência porque os casais não queriam mais “fazer filhos”. Veja o caso da Itália e da França, para ficar só nestes dois.
Se assim é, por que estas economias, e sobretudo a dos EUA, têm crescimento do PIB se os casais (nativos) não querem mais bebês? Boa pergunta, resposta fácil: por causa dos imigrantes, cujos casais solteiros ou casados fazem muitos filhos. Assim movimentam a indústria de bebês até anos depois.

Este é um desafio que agora tem outro componente: com a medicina e prevenção, vivemos cada vez mais. O pepino agora é da Previdência, como a nossa. Uma crise de receita medonha está batendo à porta da Previdência.
“Enquanto eles estão indo com o trigo eu já estou voltando com a farinha.”
Pensamento do Dias