As trapalhadas do governo e do ministro Fernando Haddad sobre mudanças no PIX não deveriam surpreender. Está no DNA fazer essas estripulias, assim como fazia parte do DNA do grupo Os Trapalhões.

Para começar, não teria causado transtornos se tivessem dito, de cara, que haveria mudanças no limite de transações para efeitos de Imposto de Renda, barreira que sairia dos R$ 2 mil para R$ 5 mil. Ou seja, quem seria contra, se isso fosse explicado de início?

Os governos, todos eles, têm pouca lógica na comunicação porque há um emaranhado de burocracia e muita necessidade de mostrar serviço. Isto sem explicar o mais importante.
É missão impossível terminar com essa cadeia. O máximo que pode é azeitar as engrenagens como se lubrificam o vaivém dos pistões dos motores para diminuir os efeitos da fricção com as paredes dos cilindros.
A questão é que os governos não falam a mesma língua que o povo. Ou ele transmite em FM e o povo está na AM. É assim que as coisas não funcionam.
E não é que é verdade?
“Somos governados por quatro poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Aquisitivo.” (Eugênio Mohallem, redator publicitário de Minas Gerais).

Os homens-xaxim
O filme “Se meu apartamento falasse”, anos 1950, com Jack Lemmon fazendo o papel de um milionário angustiado com sua condição de vida, há uma cena antológica. O personagem está no seu escritório em um arranha-céu e olha para baixo, aponta as pessoas caminhando como formigas e diz:
– Olha essa gente toda, como são felizes porque não pensam…
De certa forma, ter QI de xaxim tem lá suas vantagens.
Promoções mensais
Vejo em um desses luminosos nas paradas de ônibus uma oferta de burger, dois por 25 reais, com o aviso “Últimos dias”. Como o reclame está lá há bastante tempo, imagino que o redator tenha se enganado e deveria ter posto “Últimos meses”. Igual àquelas promoções de lojas onde se lê” liquidação” que duram um tempão.

“Para ganhar muito dinheiro você precisa ter muito dinheiro.”
Pensamento do Dias