A desistência de Joe Biden na eleição norte-americana levantou uma polvadeira sem tamanho sobre o limite de idade que um homem público deve continuar no cargo ou se candidatar. Boa parte dos que acham que eles tem mais é que enfiar a viola no saco e vestir pijama é preconceito puro.
A cada ano, vivemos mais. E a história está cheia de casos em que idosos viveram e produziram benefícios para a Humanidade. Vamos começar com o Prêmio Nobel. Alguém já observou a idade dos agraciados? São todos “velhos”.
Velho = lixo
Uma coisa é Joe Biden e seus lapsos de memória. Outra é generalizar. A cultura ocidental é de menosprezo aos idosos homens e mulheres, ao contrário da cultura asiática como China e Japão.
Quando minha geração tinha 20 anos, achávamos pessoas com mais de 50 anos “velhas”. Hoje, o auge da capacidade intelectual é acima disso. Mais de 60 anos para quem segue com alguma ocupação. Os tempos e os cérebros mudam, meus caros.
A vida e seus mistérios
Genética, cuidados permanentes com a mente, tudo tem a ver com manter-se alerta e estimulando a atividade do pensamento. No entanto, há o imponderável de cada um.
Sempre digo que a diferença entre velho e idoso é que velho é alguém que se aposentou e não quer mais nada com nenhuma atividade mental e corporal. Idoso é uma condição que não necessariamente implica em desfalecimento do cérebro.
Joe Biden não é “velho”. Mas, repetindo, há condições genéticas e cerebrais que desconhecemos para averiguar porque alguns chegam muito bem aos 90 ou mais anos e outros ficam prejudicados aos 60 anos ou menos.
O gasto da juventude
O dramaturgo e escritor Bernard Shaw disse, certa vez, uma frase que está entre as minhas preferidas: “Pena que a juventude seja gasta com os jovens”. Quando sabemos um bocado de coisas, o corpo começa a claudicar. A ela aduzo um comentário de um velho amigo, o Rajá: “Quando se aprende a escrever, eles aposentam a gente”.
E se…
Fico me perguntando se Biden não tivesse participado do debate com Donald Trump, como seria a história que acabou por tirá-lo do jogo. Jamais saberemos. Entretanto, aposto algumas fichas que seguiria sendo candidato a presidente dos Estados Unidos.
Perda de confiança
O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS), divulgado nesta segunda-feira (22) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), recuou 0,7 ponto entre junho e julho, de 46,9 para 46,2. “A percepção dos empresários gaúchos com a economia brasileira piorou, tanto com relação à situação atual quanto a respeito das expectativas. Isso se deve a novos fatores restritivos à atividade industrial, como o fim do ciclo de redução dos juros e a instabilidade da taxa de câmbio. O que aumenta os já elevados níveis de incertezas decorrentes dos problemas fiscais”, diz o presidente da FIERGS, Claudio Bier.
O índice varia de zero a cem pontos. Sendo que, abaixo de 50, mostra falta de confiança. Bier lembra que a demora na chegada de recursos federais piora o cenário.