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Fabricação nacional 

Pobre capricha até no carrinho que usa para levar material reciclável. Como a frota é grande, um sujeito viu que dá dinheiro fabricando estes possantes. A última vez que perguntei, eles custavam 1.5 mil reais. O carrinho é nacional. No entanto, o que as caixas levavam é chinês.

Foto: Fernando Albrecht

A grande diferença

O jurista Ives Gandra faz um relato sobre a visita que fez a Portugal e o que ouviu do ex-presidente Mário Soares, que visitou Porto Alegre várias vezes. “Após nossas apresentações, fomos almoçar. Minha falecida esposa, a advogada Ruth Vidal da Silva Martins, e eu gostávamos de estar em Portugal, sendo que sou catedrático da Universidade do Minho, em Braga, desde 2009, e acadêmico da Academia Internacional de Cultura Portuguesa, em Lisboa, desde 2004.” Aproveitou o almoço para questionar o ex-presidente.

Como conciliar os opostos

A advogada perguntou: “Senhor presidente, como o senhor, que sempre defendeu teorias socialistas e marxistas conseguiu, ao assumir a presidência de Portugal, dialogar com todas as correntes políticas e ser considerado um presidente extremamente conciliador? Como o senhor conciliou sua ideologia com o exercício da presidência?”

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A resposta do ex-presidente foi: “Minha senhora, o povo come pão, não come ideologia. Eu tive que ser presidente de Portugal, independentemente das minhas convicções, e tenho a sensação de que ocorre o mesmo no relacionamento com seu marido. Nós nos damos muito bem, apesar de termos correntes de pensamento diferentes. Eu sempre procurei dialogar, porque a política é feita de diálogo”.

Lá e cá

Eis a grande diferença entre as nações civilizadas e o Brasil. Aqui o “diálogo” é botar gasolina no fogo. Até o final dos anos 1980, rancores eleitorais terminavam depois das urnas abertas.

https://www.senar-rs.com.br/ateg/

Hoje, como se vê, somos um país dividido ao meio. Não éramos assim, nem mesmo quando o Partido Comunista Brasileiro (PCB) dominava quase toda a esquerda. Brigava-se de dia e tomava-se chope à noite. Quando o PT se firmou, essa cordialidade ideológica acabou, e o ódio começou.  

Tá chato

Viver no Brasil. Quando não há crise econômica, sobressaltos com a insegurança e a burocracia, tem que driblar as ligações com DDD de outros estados de facínoras vigaristas especializados em golpes virtuais. É muito chato viver no Brasil.

www.brde.com.br

Quando um amigo diz que o filho foi morar na Europa ou outro continente, digo sempre que ele fique por lá. O Brasil é bananeira que já deu cacho.  

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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