Nome de uma comédia brasileira de 1947, com os maiores humoristas da época, Oscarito e Grande Otelo. Arrastavam multidões para os cinemas. Mesmo tendo visto anos mais tarde, sempre achei graça no nome e na comparação.
Ficava dando tratos à bola para saber se o pandeiro significava que todo mundo batia nele ou era apenas uma metáfora do carnaval carioca. Pois passados todos estes anos ainda é atual. De tédio ninguém morre no Brasil, já dizia o professor Joaquim José Felizardo, hoje nome de museu em Porto Alegre.
As últimas pandeireces, digamos assim, estão encontrando o brasileiro em um estado de estupor. Se os índices oficiais de inflação mostram elevação, o custo de vida deu um pinote, mesmo que os homens do governo dizem que não pulou tão alto assim.
Curiosamente, são os mesmos homens que fazem o cálculo da inflação. Há crescimento, dizem eles. Mas nas ruas de Porto Alegre há prova em contrário. Nos domingos os shoppings estão cheios, dizem eles. Entretanto, as lojas estão vazias, digo eu.
E então…
Seu Lula foi operado, sequela do tombo que levou no banheiro há meses. Os médicos garantem que ele está bem, e até onde meus amigos médicos dizem, deve estar mesmo. Drenar o hematoma cerebral é comum em casos assim.
O interessante é que o mercado financeiro também achou que não é grave. No entanto, grave o suficiente para Lula não se candidatar à reeleição em 2026. É uma tese.
Seja pelo hematoma que estava se formando, quem o viu e ouvi de Montevidéu no dia do acordo Mercosul-União Europeia de 6 de dezembro, diz que ele não estava bem, que variava entre o ON e o OFF. Se foi uma fase ou apenas sintomas do hematoma não se sabe. Ou quem sabe do corpo palaciano não divulgou.
Então, se há algo no ar além dos aviões de carreira, pertence ao campo das hipóteses, algumas que confundem desejo com realidade. Como Lula vai ficar de molho por alguns dias, aguardemos os boletins médicos. Seja como for, o pandeiro nunca silencia.
“Tudo o que perdemos dobra automaticamente de valor.”
Pensamento do Dias
