A perda do selo de bom pagador deixou o Brasil mais apertado que rato em guampa. E sem saída. Se escorregarmos mais um pouco perderemos o grau de investimento também nas duas outras agência grandalhonas de risco. Aí, meu doutor, aí vai ser uma barra. O que tenho notado é que há uma gritaria ideológica contra essas agências, como se pudéssemos escapar dos seus julgamentos.
Ser contra estas instituições é mais ou menos como ser contra a estiagem, ou a enchente. Pelas normas internacionais, governos, fundos de pensão, bancos e empresas de capital aberto são obrigadas a seguir seus critérios. A não-obediência levaria a diretoria direto para o olho da rua por qualquer assembleia de acionistas.
Secretamente, nós sempre esperamos que alguma divindade nos tire desse buraco, de preferência no curto prazo. Ocorre que os deuses não são brasileiros. Nunca foram. Deus foi, mas por pouco tempo.