Entramos na semana que se festeja a Revolução Farroupilha, cujo ápice é o 20 de Setembro. Neste dia de 1835, tropas rebeldes ao império de Pedro II invadiram e tomaram Porto Alegre. Assim, deram início à chamada Revolução Farroupilha, em que os gaúchos venceram a Batalha da Ponte da Azenha.
Ao redor do mundo a data teve eventos marcantes, como a eleição do Antipapa Clemente VII em oposição a Urbano VI, começando o Grande Cisma do Ocidente. Já em 1276, ocorrera a eleição do único papa português da história, João XXI.
Papas fora, em 1898 aconteceu uma glória brasileira, o primeiro voo de balão com propulsão própria feito por Santos Dumont. Cabe lembrar que, desde 1331 até 2019, em 20 de setembro iniciaram-se 19 guerras mundo afora.
Santinhos do pau oco
A bandeira do Rio Grande do Sul e a de outros estados enfrentaram sérios problemas desde 1835. Em 1939, a filha de Getúlio Vargas, Alzira, comandou a queima de todos os lábaros dos estados em ato público realizado em São Paulo. Bem como foram enviados ao limbo seus respectivos hinos.
Getúlio, velho malandro, criou a Revolução de 1930 a pretexto de reconstituir a Federação. Mas acabou por extingui-la, como vemos.
Sempre ponho um pé atrás quando leio elogios rasgados a personagens da nossa história. Em vez de santos, muitos são santinhos de pau oco, como se vê em muitas igrejas. O ser humano não falha.
O hino gaúcho
A letra é de Francisco Pinto da Fontoura, música do Comendador Maestro Joaquim José Mendanha e harmonização de Antônio Corte Real. Em 1966, um trecho do Hino Rio-grandense que dizia “Entre nós, reviva Atenas, para assombro dos tiranos. Sejamos gregos na glória, e na virtude, romanos” foi retirado da letra cantada desde 1933. O pedido de exclusão foi feito pelo então deputado estadual Getúlio Marcantonio, natural das Vacarias como os nativos chamam.
A mão no coração
Os gaúchos fazem questão de cantar o nosso Hino, do início ao fim, e muitos com a mão no coração, como se observa nos Estados Unidos quando tocam ou cantam “The Star-Spangled Banner”. O Rio Grande do Sul teve outros dois hinos escritos ainda no século XIX. O primeiro deles foi criado em 1838 pelo capitão farroupilha Serafim José de Alencastro, conforme dados da obra Nossos símbolos: nosso orgulho.
O cavalo do Claudinho
Há anos, encontrei meu amigo Claudinho Pereira, que nos anos 1970 e 1980 foi DJ, o rei da agulha – do toca-disco. Eu o achei sério demais, então perguntei se ele estava com algum problema. Que nada, respondeu, muito antes pelo contrário.
– Estou como cavalo no desfile Farroupilha de 20 de setembro: cagando e andando e sendo aplaudido.