“…para estudante pelado, as mulheres cobravam só meio instante”
A revista Voto está pedindo que colunistas e comunicadores dêem votos para três mulheres gaúchas, expoentes e destaques em atividades empresariais, artísticas, políticas, etc. De brincadeirinha, alguns jornalistas sugeriram que se escolhessem também damas da noite do passado. Míriam, que tinha um cabaré ao lado da Zero Hora, Mônica, que deu nome à mais famosa boate de exportação que o estado já teve (começou na Dom Pedro e terminou no Cristal) e a Carmem, a da rua Olavo Bilac, são nomes que afloram rápido na memória de quem a tem. Teria uma quarta mosqueteira, a Marion, que fundou o Gruta Azul. Antes dele (ou dela), teve o Dragão Verde, na avenida Júlio de Castilhos. A lista das mulheres que comandaram a noite das damas de vida alegre vai bem mais longe. Teve o cabaré da Marlene, na Padre Cacique, em frente ao Shopping Praia de Belas, onde hoje fica o prédio do TRT. Lembrando que até meados dos anos 60, onde hoje fica o shopping havia uma fileira de eucaliptus e depois a água do Guaíba. Mais conhecido como o Cabaré da Serraria, porque no trecho que levava à casa havia uma, a Marlene tinha um diferencial: para estudante pelado, as mulheres cobravam só meio cachê. Ou “instante”, o vapt-vupt. “Pouso” já eram outros quinhentos. Todas estas casas, para citar apenas algumas, tinham histórias extraordinárias. (continua amanhã)