O Bira Tuxo foi um rico personagem de Uruguaiana que deu com os costados em Porto Alegre, anos 1960, segunda metade. Tinha pendor por artes plásticas, então fez um estágio com o escultor Vasco Prado e sua mulher Zorávia Bettiol, acho que é assim a grafia.
O Bira tinha os dentes separados e um pouco de língua presa, de maneiras que seu fraseado era particularmente interessante. O pai dele, também de alcunha Tuxo, tinha um bar em Uruguaiana e consta que falava do mesmo jeito. Certa vez alguém entrou no bar e pediu um bolinho de carne, que estava mofado. Reclamou.
– Mas não é do mofo que se faz penicilina? – redarguiu.
Outro causo notável do Tuxo pai envolvia tampinhas de garrafas. Para impressionar a molecada com sua força física, ele espremia – literalmente – a tampinha de metal usando o indicador e o polegar. Ante o olhar de admiração da garotada, ele se abaixava para ficar na altura deles e finalizava a jactância.
– E ifo que é a maiforte que a companha produf!