O item mais vendido do Black Friday foi o smartphone, que, apesar dos grandes benefícios, incrementou a praga da desatenção. Namorados sentam juntos, mas conversam pelo WhatsApp. Atendentes não atendem, e garçons navegam em vez de anotar o pedido do cliente. Não seria de estranhar se o Papai Noel esquecesse de dar presentes por estar imerso na captura de inutilidades na rede.
O descaso
Tenho ido em uma cafeteria próxima à minha casa antes de engrenar uma segunda e encarar a tarefa de matar dois leões por dia, o JC e este blog. É pacata, não tem atropelos, o café é bom. No entanto, os dois atendentes cuidam mais dos seus celulares que dos clientes.
É exasperante tentar atrair a atenção de pessoas que deveriam estar alertas. Culpa do maldito celular. UM dia, chuto e balde e troco de café.
Epidemia de lalaus
A ocorrência de crimes e os prejuízos decorrentes deles têm sido um problema frequente para a indústria. Segundo dados da pesquisa Percepção da Indústria Sobre os Impactos da Ilegalidade, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), nos últimos 12 meses, 54% das empresas ouvidas relataram ter sofrido crimes como roubo ou furto de patrimônio. Seja dentro da empresa (28%) ou durante o transporte (26%).
Em terceiro lugar, com 24% das ocorrências, estão crimes cibernéticos como o sequestro de dados, golpes do PIX, etc.
A perda de controle
A grande verdade é que os governos, todos eles, perderam o controle da situação. São tantas as demandas que não dão conta e é muito comum varrer a sujeira debaixo do tapete.
Nas cidades grandes é que essa deficiência se escancara, porque é nelas que vivemos. E os alcaides, cercados por informações erradas ou fantasiosas ou porque não podem ver os problemas in loco, acham que está tudo azul bonitinho.
Acostumamo-nos com a mediocridade, situação agravada pelas frase mais comum que se ouve. “Não adianta, é assim mesmo.”
A solidão como regra
Desilusão, desilusão
Danço eu, dança você
Na dança da solidão
Sempre gostei muito do Paulinho da Viola, até porque suas composições são samba puro sem eletricidade nos instrumentos alucinantes e sem holofotes cegantes. Preste atenção nas pessoas que passam por você nas ruas, nos desvalidos da sorte como os sem-teto, passageiros de ônibus com olhar perdido