Um dos aspectos mais incríveis da nossa cultura de acreditar em Papai Noel e fada madrinha são as lendas urbanas sobre remédios milagrosos que se se espalham na internet. Não acreditamos que o homem foi à Lua, mas acreditamos quando alguém espalha que casca de farelo de arroz misturado com Vick Vaporub fervido com grilos assados em forno de lenha depois polvilhados com açúcar mascavo cura câncer terminal.
A última moda é comer folhas ou sei lá eu o que da moringa, árvore originária da Ásia e África que existiria no Brasil. Quem pesquisou o poder curativo da moringa foi a Universidade de Addis Abeba, Etiópia, sabidamente uma instituição muito respeitada no mundo inteiro. Os pesquisadores concluíram que, comparada grama por grama com outros produtos, a moringa possui sete vezes mais vitamina C que a laranja, quatro vezes mais vitamina A que a cenoura, quatro vezes mais cálcio que o leite de vaca, três vezes mais ferro que o espinafre e não sei quantas vezes mais potássio que a banana.
Imagino que o vegetal se pareça com uma vaca alaranjada com pelo de folhas de espinafre, bananas em vez de tetas e com topete verde de cenoura no alto do cocuruto. Depois é só carnear e comer.
Addis Abeba é muito bom