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A Manchete de ontem e de hoje

A Revista Manchete voltará às bancas em março. A ex-publicação da Editora Bloch, rivalizava em tiragem com a Revista O Cruzeiro, que imprimia um milhão de exemplares por semana.

O Cruzeiro morreu antes, com o esfacelamento do Diário e Emissoras Associados, a Globo da época. A edição comemorava a vitória dos militares em abril de 1964.

Na capa, o ex-governador e deputado Carlos Lacerda, uma das línguas mais ferinas do Brasil. Primeiro apoiou, depois rejeitou o Movimento.

Ele queria que os militares sanassem o país, então adernado, e o devolvessem aos civis. Adivinhem quem seria ou queria ser o candidato a Presidente da República?

A Manchete ganhou muito dinheiro com matérias hoje chamadas de conteúdo editorial, mas que são apenas matérias pagas. Vamos parar com essa hipocrisia.  

Voltando a Lacerda. Ele foi um caso raro de ótimo legislador e governador bem sucedido. Nos discursos que fazia na Câmara dos Deputados, mirava desafetos com suas frases desconcertantes.

Certa vez, o chacal do vitupério criticou acerbamente um adversário político com seu estilo cáustico. O alvo pediu um aparte.

– O que vossa excelência fala entre no meu ouvido e sai no outro.

A resposta levou décimos de segundo.

– Impossível. O som não se propaga no vácuo!

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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