Durante uma palestra que fez há 11 anos, na UniRitter de Porto Alegre, depois do chiste com que os palestrantes profissionais sempre começam sua fala, o ex-primeiro-ministro inglês Tony Blair desculpou-se pelo atraso e pelo fato de não falar português. Aí engrenou uma segunda para dizer que ele estava vacinado porque, quando era chanceler, deu uma grande mancada na França.
Ao dar uma entrevista coletiva, Blair respondeu em francês sobre a política externa do governo da França. Blair a elogiou, diplomaticamente. E disse que até copiou algumas posições do presidente da França. Isso ele pensou ter dito.
Caiu na real quando todos na plateia caíram na gargalhada. Na realidade, ele tinha dito com seu francês arrevesado que “Desejava o premier francês em várias posições”.
Blair começou com uma história engraçada, marca registrada dos palestrantes bom de bico, notadamente os de língua inglesa. Lembra uma história do deputado federal Benedito Valadares (1892-1973), um mineiro cercado de muito folclore e tido como burro, o que ele não era. Como seus discursos no plenário não atraíam a atenção, Valadares contratou um redator de discursos que tinha a manha americana, de começar com uma piadinha.
Certo dia ele, encomendou um sobre um assunto específico. O assessor entregou o escrito pouco antes de o deputado subir na tribuna. Assim que Valadares começou a ler o texto que começava com uma piadinha, desandou a gargalhar.
– Essa é muito boa! Essa eu não conhecia!