“Em mesa próxima, um conhecido garanhão da praça conversava com uma loira espetacular”.
O Hotel Plaza Porto Alegre, o Plazinha, na rua Senhor dos Passos, prepara-se para comemorar 50 anos em agosto. Em décadas passadas era o top do setor, referência nacional para quem vinha a Porto Alegre. Famoso também era seu bar, então no térreo, depois de se descer uma pequena escada. Discreto, piano, jardim de inverno, servia também para namorar. Mas sem amassos. Aliás, era proibido levar mulheres para o Plazinha. Era o único do Brasil, mas isso já é outra história. No início dos anos 70, um grupo de jornalistas e publicitários molhava lá as palavras no que hoje se chama happy hour. Em mesa próxima, um conhecido garanhão da praça conversava com uma loira espetacular. O cara era conhecido por ser extremamente rápido na ação. Botava o olho e já vinha rachando. Tipo aquele música do Noel Rosa “Como é que você se chama?/Quando é que você me ama?/Quando é que vamos casar?”. Enfim, não fazia prisioneiros e não admitia nhémnhémnhém. De repente, o cara começa a olhar para os lados. Depois se levanta, se agacha e olha em baixo das mesas atrás dele e imediações, como se estivesse procurando algo, olhar desconfiado. E a mulher olhava a cena, perplexa. Ficou assim por algum tempo dando uma geral nas mesas. Voltou à mesa. Minutos depois saíram, ela de cara amarrada, muito amarrada. O que teria havido? No dia seguinte, um dos jornalistas que estava na roda encontrou o Dom Juan no bar Oásis, na subida da Rua da Praia, e perguntou que diabo de cena fora aquela na noite anterior. E quem era a dona. (conclusão amanhã)