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A casinha, onde fica?

Se você é antigo, pergunta onde fica o mictório. Se não é tão velho, pergunta pelo W.C. (vecê). Já se é metido a besta, pergunta pela toilette. E, no popular, banheiro. Se quiser fazer graçola, pergunta onde é que se tira água do joelho. No entanto, se for da roça, pede o endereço da casinha.

Este mundo é um hospício

Quem está com a impressão de que está – no popular – todo mundo louco, pode ter certa razão. Quem quebra, quem perdeu emprego, quem perdeu casa ou qualquer outra desgraça pode pirar. Então, imagina 95% dos moradores gaúchos afetados pela enchente.

A face mais visível dessa loucura é o trânsito de Porto Alegre. Parte esqueceu a função do pisca, gente ultrapassando na curva pelo lado de fora. Passam sinal vermelho de dia em esquinas movimentadas.

Enquanto isso, a faixa de segurança não serve para nada. Por seu lado, o pedestre não está nem aí para o perigo. Na parte “musical”, a buzina é acionada como nunca.

Números da China

Um dos palestrantes do MenuPOA de ontem foi o vice-prefeito de Porto Alegre, Ricardo Gomes, que centrou a palestra com os números da Capital antes da enchente. O crescimento econômico foi de mais de 9% ao ano.

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Então não tivemos um pibinho, tivemos um pibão. Só que, depois que as torneiras do desastre foram abertas, o que era sólido naufragou.

Como era verde meu vale

Já comentei neste blog que um congresso mundial de urbanismo realizado em Frankfurt há uma década, concluiu que uma cidade só é administrável até 700 mil habitantes. Pois uma cidade grande não deveria ter só um prefeito e vice. Visto que os problemas nos bairros e periferia se acumulam e deveria existir a figura do subprefeito nomeado pelo titular. São Paulo tem as regionais. No entanto, a população da capital é igual ou maior que todo o Rio Grande do Sul.

Os subprefeitos

Os subprefeitos eram comuns até a década de 1960, mesmo em cidades médias. As estradas eram poucas e ruins, e a comunicação por telefone cessava quanto os fios balançavam com o vento, sem falar que poucos o tinham. Dizer que era uma loteria conseguir ligar para a área rural é pouco.

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Vejam o caso de Montenegro, cujos domínios se estendiam até São Vendelino e cidades como Harmonia, Pareci Novo e Tupandi no Vale do Caí. Entre ir e voltar à sede perdia-se um dia. E por falar em Montenegro, aqui vai um causo.

O estranho caso do Alfons

Havia um subprefeito chamado Alfonso, que os alemães chamavam de Alfons. Certo dia ele se dispôs a ajudar o motorista de uma caçamba a manobrar de ré em espaço exíguo. O motorista se guiava pelas palavras do Alfons.

– Vem…vem…pode vir…cuidado, tem uma bosta!

O motora achou que dava para passar por cima e atropelou um poste. Reclamou e deu a devida resposta.

– Pois eu avisei uma veiz, que tinha uma bosta atraiz.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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