Os veteranos Eduardo Macedo Linhares (94 anos) e Vitorio Gheno (102 anos), frequentemente sentam próximos nos animados cafés do Z Café, da Padre Chagas, aos sábados de manhã. Bebem muita água mineral. Nada de água que passarinho não bebe. Pelo menos nesta hora.

Um país falsificado
Pois olhem só como estamos neste maravilhoso país sem eira nem beira vivendo de bolsa-família, auxílio desemprego, vale-gás e, em breve, mais gás com outras benesses, o botijão do povo. O povo que entrega botijões a domicílio já é o botija do povo.

Sabem a expressão “só bebendo…”? Pois não dá mais, tem metanol.
Ou falsifica ou adultera
Temos larga tradição nestes dois negócios. Não vivemos dizendo que o povo que trabalha precisa se qualificar? Pois então, não existe qualificação que dê mais dinheiro que batizar destilados com um veneno mortal, cobrar pedágio em vilas e do comércio.
E eles ganham muito com isso. Houve tempo em que galinha de 1 quilo pesava 900 gramas. Além de produtos vendidos por metro que mediam 90 centímetros.

Este é o Brasil que dá certo! E essa gente nem paga imposto de renda, IPI, ICMS, coisas que nós, povo, não temos qualificação para não pagar. Esse povo ordeiro e pagador de impostos é o Brasil que não dá certo.
O crime como vocação
Se alguém que ficou horrorizado com a adulteração de bebidas com metanol a acha que o autor vai sentir remorsos pode tirar o cavalinho da chuva. Eles cobram isso como façanha para os celerados da sua facção. Nenhum perdão para eles.
