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Aqueles que vão desaparecer

O tatu-bola e seus primos tendem a ser extintos, assim como outros animais que tiveram seu habitat violado. É muito triste ver que o homem está destruindo a natureza em suas mais diversas formas, inclusive na flora.

Foto: Fabíola Freire Albrecht

Os lambaris da minha infância tomaram chá de sumiço. O cascudo que vive ou vivia nos riachos e arroios e se alimentava de larvas de mosquitos perigosos, como o borrachudo, também sumiu. Em compensação, as pragas aumentaram por falta de quem os embrulhasse para viagem estomacal, a primeira e última.

Que fim levou o Hans?

Na minha adolescência eu ia para o mato catar uma frutinha vermelha e amarela chamada de hans perle, pérolas do Hans. Por si só já é fascinante como recebeu esse nome, quem foi o Hans? 

Pois nunca mais a vi e comi. Assim como as  amoras doces das amoreiras que cresciam espontaneamente  como inço junto aos muros dos terrenos nas cidades. Hoje, amora é “de cativeiro” e não são doces. São agendas que só casam se misturadas com creme de baunilha. Tudo foi-se embora, kaput.

A saudade e as frutas

O poeta Mário Quintana teceu um texto que diz “Sinto uma dor infinita/Das ruas de Porto Alegre/Onde jamais passarei/Há tanta esquina esquisita/Tanta nuança de paredes/Há tanta moça bonita/Nas ruas que não andei”.  Eu troco as ruas por frutas que jamais comerei.

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Cacete!

Alguém postou no Face que os baianos chamam de cacetinho o pão de 50g, como nós gaúchos. No Rio, há estranheza quando se diz essa palavra.

Até o corretor dos computadores não a reconhece. Mas corretor é burro, sabemos todos. Menos quem o programou.

Baiano não sei, mas gaúcho fala assim porque antigamente esse pão era duro e pequeno, um mini cassetete. Como dizem os italianos, se non e vero e bene trovato.

https://cnabrasil.org.br/senar

As origens da malvadeza

Ninguém aceita uma parcela de poder sem a condição de uma parcela de malvadeza”. A frase do jornalista e filósofo francês Émile-Auguste Chartier é uma verdade universal. Mas cabe como uma luva no Brasil.

O poder é afrodisíaco, já disse Luís XIV, outra verdade. Por isso, tem tanto processo por agressão sexual.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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